A nossa Graça. A amiga, a colega, a companheira do nosso grupo. O grupo ao qual me sinto ainda pertencer compartilhando, embora longe fisicamente, as alegrias e tristezas. Mal conseguia acreditar no que ouvia quando me contaram da sua partida inesperada para o Porto mas tive esperança na recuperação e de voltar a vê-la bem disposta numa das minhas visitas. De ouvi-la dizer, quando entrasse na sala dos professores "Ach, die Loreto!". Depois os braços caíram sem força para segurar a mágoa e o olhar, molhado, vagueou na estrada da saudade. Tantas recordações, quantos momentos de boa disposição a preparar esta ou aquela actividade, quantos momentos de stress para organizar exposições, fazer testes, preparar aulas, assistir a reuniões, quanta satisfação pelos sucessos ou apreensão pelos resultados menos bons, quantos risos nos nossos almoços, lanches ou simplesmente no intervalo do café mesmo a correr entre uma aula e outra. Foram anos de partilha e amizade que passaram muito depressa. E agora só a consolação de ter valido a pena conhecer esta amiga.É muito duro perder um amigo e a vida é realmente muito curta.
"Há em todas as canções do vento, um grito,
"Há em todas as canções do vento, um grito,
um lamento de anjos que partiram para sempre,
deixando amargas liras e a saudade de te ver
ainda, num século de doces tardes.
"José Agostinho Baptista
Maria do Loreto Ferreira Neto - Grupos 330 e 340
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