A beleza de Maria
De Maria a formosura
Na terra não tem rival
Que é mais formosa que a rosa
E do que o jasmim do vale.
É como meiga visão
De noite de Primavera
Queando a lua meiga e triste
Poesia n’alma gera.
É azul mais sancto e puro
Que o azul dos olhos seus
Na terra ver não se pode
Somente o azul dos céus.
Que só ele é grande, imenso,
Profundo e misterioso
Como esse olhar sancto e puro,
Tão terno, tão amoroso.
E cabelos mais formosos
Que ela quem os terá?
Mais louros, mais ondulosos,
Virgem de certo os não há.
E essa fronte tão singela
Tão alva, tão delicada
E esse talho tão esbelto
E essa mão tão afilada?!
Mas p’ra que louco pretendo
Belezas taes esboçar?
Não será isto ofendê-la,
Seus encantos profanar?
Virgem dos olhos azuis
Oh! Perdoa ao teu cantor!
Perdoa-lhe, foi loucura.
Perdoa-o, que foi amor.
Z
In: O Recreio, 09/09/1863
De Maria a formosura
Na terra não tem rival
Que é mais formosa que a rosa
E do que o jasmim do vale.
É como meiga visão
De noite de Primavera
Queando a lua meiga e triste
Poesia n’alma gera.
É azul mais sancto e puro
Que o azul dos olhos seus
Na terra ver não se pode
Somente o azul dos céus.
Que só ele é grande, imenso,
Profundo e misterioso
Como esse olhar sancto e puro,
Tão terno, tão amoroso.
E cabelos mais formosos
Que ela quem os terá?
Mais louros, mais ondulosos,
Virgem de certo os não há.
E essa fronte tão singela
Tão alva, tão delicada
E esse talho tão esbelto
E essa mão tão afilada?!
Mas p’ra que louco pretendo
Belezas taes esboçar?
Não será isto ofendê-la,
Seus encantos profanar?
Virgem dos olhos azuis
Oh! Perdoa ao teu cantor!
Perdoa-lhe, foi loucura.
Perdoa-o, que foi amor.
Z
In: O Recreio, 09/09/1863
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