terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Foto Agrafar Emoções: Jorge Pestana

Comecei a fazer Fotografia por circunstâncias alheias à minha vontade. Em 1970, fui, como toda a minha geração, chamado a cumprir o Serviço Militar, que, nessa altura, implicava uma mobilização para África durante dois anos.

Depois do período inevitável da recruta, foi-me atribuída a especialidade de Foto-cine realizada nos Serviços Cartográficos do Exército. Aí, aprendi a fotografar, a revelar, a enquadrar, a imaginar e a criar… Tive felizmente bons instrutores e tínhamos nos Serviços óptimos laboratórios e aparelhagem do melhor que havia na época.


Assim me tornei fotógrafo amador, guardando na minha mão, ainda, a memória da minha primeira máquina de tal modo que, quando pego em qualquer máquina, a mão hesita breves segundos, escassos milímetros, até se adaptar ao novo volume.Em Moçambique, onde estive dois anos, além dos trabalhos no cinema, fotografei imenso. Ainda hoje, o faço, mas mais espaçadamente, contudo, faço-o sempre com a convicção de que o segredo da Fotografia está sempre no enquadramento, isto é, no limitar e sublinhar o que o nosso olhar vê e capta.

Fotografias e texto: Jorge Pestana, grupo 400 (História)

Rostos do Liceu: Martim Trueva



O Lyceu: Fala-nos do Martim Trueva, do seu projecto de vida, dos seus sonhos, dos seus gostos…

Martim Trueva: Sou um jovem que anda no 12º Ano, gosta muito de viajar, conviver com os amigos, ir à praia, ao cinema, tal como outro jovem da minha idade.
O meu projecto de vida, traçado juntamente com a minha família é de terminar o 12º Ano, entrar na faculdade e durante algum tempo dedicar-me a cem por cento ao Ténis, isto é, jogar como profissional.
Quanto aos meus sonhos, são muitos, mas destaca-se o de ser um grande jogador de Ténis e tirar o curso de Medicina.

O. L.: Como nasceu a tua apetência pela Ténis?

Martim Trueva: Pertenço a uma família que tem um enorme gosto pelo Ténis e, em pequeno, acompanhava o meu pai e o meu irmão nos seus jogos e no final do treino. Ficava dentro do campo entretido com a raqueta e a bola.

O. L.: Descreve o Ténis enquanto actividade desportiva.

Martim Trueva: Na minha opinião, é um desporto fabuloso, com uma adrenalina intensa e que exige grande concentração e esforço físico.

O. L.: Ser uma desportista de alta competição é um desafio? Até que ponto?

Martim Trueva: A alta competição no Ténis permite-me conviver e competir com os melhores atletas do mundo. É um desafio, pois exige uma capacidade de privação de certas actividades que os jovens da minha idade mais facilmente podem usufruir e também obriga a um grande espírito de sacrifício.

O. L.: Como consegues conciliar a tua actividade desportiva, no que se refere às tuas participações em torneios internacionais, com a vida escolar?

Martim Trueva: Após os torneios, retomo as aulas e, como é de esperar, confronto-me com certas dificuldades para acompanhar a matéria dada. Tenho conseguido superar com o apoio dos meus professores e colegas, que me facilitam apontamentos, para depois poder estudar, e dos meus pais.

O.L.: Vale a pena ser um atleta de alta competição, quer em termos de pessoais quer em termos profissionais?

Martim Trueva: Claramente, vale a pena, porque, em termos pessoais, ajuda-me a ganhar maturidade e conseguir resolver os "problemas" sozinho. Quanto aos profissionais, o facto de viajar muito ajuda-me a conhecer novas culturas, diferentes modos de vida e ser alvo de referência para jovens tenistas.


O.L.: Certamente que já és considerado uma referência para os Madeirenses, tendo em conta o teu palmarés. Como lidas com essa “fama”? É fácil geri-la?

Martim Trueva: Tento lidar com a situação com normalidade e humildade. Encaro a fama como um apoio para conseguir cada vez mais resultados no ténis, embora, por vezes, se torna cansativo, porque existe uma procura da parte dos media, que eu aceito, porque sei que estão a fazer o seu trabalho.

O.L.: Qual o papel / a importância da tua família na gestão do teu preenchido horário?

Martim Trueva: A minha família tem sido muito importante na gestão de toda a minha vida académica e enquanto jogador de ténis. Tenho tido um apoio incondicional de todos eles e posso afirmar que, se não fossem os meus pais, não teria conseguido estes resultados.


O. L.: Que mensagem deixas aos teus colegas da Jaime Moniz e aos jovens em geral?

Martim Trueva: Sigam os vossos sonhos e lutem o máximo para concretizá-los, porque vale sempre a pena...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Ensino Nocturno - Desenho A




« O substantivo "desenho" deriva do latim designu, vocábulo rico de sentido, podendo simultaneamente significar "desenhar" e "desenho". O desenho, obra inscrita sobre um suporte com duas dimensões, apresenta plasticamente uma essência, um conceito, um pensamento ou representa as aparências do nosso mundo natural.»



Souriau, Etienne, Vocabulaire d´Esthétique, Paris, Puf, 1990