quinta-feira, 30 de abril de 2009

Editorial



Rostos do Liceu: Roberto Nóbrega




O Lyceu: Fala-nos do Roberto Nóbrega, do seu projecto de vida, dos seus sonhos, dos seus gostos…

Roberto Nóbrega: Sou um jovem “normal”. Neste momento, frequento o 11º ano, tendo como objectivo seguir Medicina. Ajudar o próximo é algo que sempre me deu satisfação, daí o sonho que tento concretizar.
Em paralelo com os estudos, pratico atletismo. Nos meus tempos livres - que são bem poucos – gosto de passear, experimentar outros desportos e, principalmente, dar uma boa gargalhada com os amigos. Sublinho o papel importante do humor na minha vida: sem ele, seria bem mais difícil ultrapassar certos “acidentes de percurso”.


O. L.: Como nasceu a tua apetência pelo Atletismo?


Roberto Nóbrega: Desde sempre que amo desporto. Comecei pelo Futebol, pratiquei Basquetebol, passei pelo Andebol, até que me rendi ao Atletismo.
No 8º ano, o meu professor de Educação Física era responsável pelo núcleo da modalidade lá na escola. Como se não bastasse, a minha curiosidade pelo mais completo dos desportos, vim a receber um convite para participar numa concentração. Aquando dessa participação, consegui uns resultados deveras “engraçados”… Passei o resto desse ano e o seguinte a ir a provas sem qualquer compromisso com clubes. No ano transacto, ingressei na Associação Desportiva e Recreativa de Água de Pena (ADRAP), onde comecei a treinar diariamente com grandes valores do atletismo regional, o que me fez evoluir rapidamente.
Neste momento, continuo a treinar junto de um grupo de trabalho bastante promissor que, tal como eu, tem objectivos elevados para um futuro próximo.

O. L.: Descreve o Atletismo enquanto actividade desportiva.

Roberto Nóbrega: Geralmente, as pessoas associam o Atletismo somente ao acto de correr longas distâncias, contudo, a modalidade tem muito mais para oferecer. Como já referi, esta actividade desportiva apresenta um sem-número de disciplinas que desenvolve e põe à prova as três capacidades físicas mais importantes no ser humano: correr, saltar e lançar. Por alguma razão, o Atletismo é a prova rainha dos Jogos Olímpicos!
Este desporto é como que uma filosofia de vida. O acto de ultrapassar uma barreira ou uma fasquia não é mais do que um treino para ultrapassar os obstáculos do quotidiano… A vontade de saltar mais longe e mais alto é equiparável à vontade de realizar sonhos, de tornar o difícil realidade. Há que ser persistente e dedicado para concretizar as metas impostas. Aquele que é incapaz de entender que sem trabalho não há resultados (de qualidade), jamais vingará no Atletismo ou em qualquer outro momento da sua existência.

O. L.: Ser um desportista de alta competição é um desafio? Até que ponto?

Roberto Nóbrega: Do ponto de vista técnico, ser desportista com estatuto de alta competição está à distância da – simples – realização de uma marca exigida. Na minha perspectiva, a alta competição significa enfrentar atletas que se dedicam a cem por cento à modalidade. São jovens que passam uma parte relativamente grande do seu tempo a “respirar” Atletismo.
O principal desafio é superar as nossas próprias capacidades. O mais leve é observar e comparar a superação do adversário. É esta acção que dita a diferença entre o 1º do 2º lugares, embora eu defenda que o verdadeiro vencedor é aquele que se excede por mais larga margem…

O. L.: Como consegues conciliar a alta competição, no que se refere às tuas participações em torneios internacionais, com a vida escolar?

Roberto Nóbrega: Esta é, indubitavelmente, a parte mais difícil. É muito desgastante treinar 13 horas semanais (sem contar com a competição aos fins-de-semana e com o tempo dispendido em deslocações) e, ainda assim, conseguir notas razoáveis. Participar em eventos internacionais é extremamente compensador, estes têm, porém, durações de uma semana, o que faz com que eu falte a imensas aulas. O segredo é manter-me concentrado e organizado para que as perdas sejam de menor dimensão. Contudo, o meu desempenho académico acaba sempre por ser limitado.


O.L.: Vale a pena ser um atleta de alta competição, quer em termos de pessoais quer em termos profissionais?

Roberto Nóbrega: Em termos pessoais, o desporto tem-me ensinado a lidar com grandes pressões e a dar a volta por cima de determinados problemas. Viajo regularmente e isso é óptimo, dado que tenho oportunidade de conhecer outros lugares, outras pessoas e as suas realidades.
Ao nível profissional, espero poder contar com o estatuto para a entrada na universidade. Afinal, todo o tempo dispensado na representação da Madeira e, futuramente de Portugal, deve ser recompensado.

O.L.: Certamente que já és considerado uma referência para os Madeirenses, tendo em conta o teu palmarés. Como lidas com essa “fama”? É fácil geri-la?

Roberto Nóbrega: Eu não diria “fama”, mas, sim, experiência. Convencionalmente, a fama faz com que um indivíduo esqueça a sua verdadeira identidade e se sobrevalorize. Pessoalmente, sei que não sou melhor do que os meus colegas; apenas posso ter alguma experiência que eles ainda não possuam. Contudo, tento transmitir e receber conhecimentos. Se eu tiver alguma fama, é certamente a de puxar pelo adversário.

O. L.: Que mensagem deixas aos teus colegas da Jaime Moniz e para os jovens em geral?

Roberto Nóbrega: Em primeiro lugar, gostaria de deixar um incentivo à prática do Atletismo e alertar a que não se pense que é necessário correr depressa ou ser atlético para poder competir. Basta ter vontade! Decerto que, entre tantas disciplinas dentro da modalidade, haverá uma que se adapte às capacidades de cada um. Além disso, existem por aí imensos desportistas, nomeadamente, futebolistas, que passam os dias a “aquecer o banco” quando têm capacidade para conseguir grandes resultados nesta actividade. Experimentar não custa nada!
Por fim, peço a todos que não desistam dos vossos sonhos e projectos de vida por mais longe que eles possam aparentar. Podemos nunca alcançá-los, mas nada nos tira o direito de olhar lá para o alto e apreciar a beleza de tais aspirações, acreditar nelas, seguir na sua direcção… e, efectivamente, realizá-las! O importante é continuar a lutar…


Fonte da fotografia: Roberto Nóbrega.

terça-feira, 28 de abril de 2009

A sogra



O GNR manda o sujeito parar o carro:
- Os seus documentos, por favor. O senhor circulava a 130 km/h e a velocidade máxima nesta estrada é 100.
- Não, senhor guarda, eu ia a 100, de certeza.

A sogra, no banco de trás, corrige:
- Ah, João André, que é isso? Tu ias a 130 ou até mais!

O sujeito olha para a sogra com o rosto enrubescido.
- E o seu farol direito não funciona, diz o guarda.
- O farol? Nem sabia disso. Deve ter pifado aqui na estrada.

A sogra insiste:
- Ah, João André, que mentira! Há semanas que andas a dizer que precisas consertar o farol!

O sujeito fulo, faz sinal à sogra para ficar calada.
- O senhor está sem o cinto de segurança, diz o guarda
- Mas, senhor guarda, eu estava com ele. Só o tirei para lhe mostrar os documentos!
- Ah, João André, deixa-te disso! Tu nunca usas o cinto!

O sujeito não se contém e grita para a sogra:
- CALA A BOCA!

O guarda inclina-se e pergunta à senhora:
- Ele costuma gritar assim com a senhora?
- Não, senhor guarda; só quando bebe...