sábado, 23 de outubro de 2010

A hostilização aos professores feita por este e outros governos...



A contínua hostilização aos professores feita por este, e outros governos, vai acabar por levar cada vez mais pais a recorrer ao privado, mais caro e nem sempre tão bem equipado, mas com uma estabilidade garantida ao nível da conflitualidade laboral.

O problema é que esta tendência neo-liberal escamoteada da privatização do bem público, leva a uma abdicação por parte do estado do seu papel moderador entre, precisamente, essa conflitualidade laboral latente, transversal à actividade humana, a desmotivação de uma classe fundamental na construção de princípios e valores, e a formação pura e dura, desafectada de interesses particulares, de gerações articuladas no equilíbrio entre o saber e o ter.

O trabalho dos professores, desde há muito, vem sendo desacreditado pelas sucessivas tutelas, numa incompreensível espiral de má gestão que levará um dia a que os docentes sejam apenas administradores de horários e reprodutores de programas impostos cegamente.

(…)

O que eu gostaria de dizer é que o meu avô, pai do meu pai, era um modesto, mas, segundo rezam as estórias que cruzam gerações, muito bom professor e, sobretudo, um ser humano dotado de rara paciência e bonomia. Leccionava na província, nos anos 30 e 40, tarefa que não deveria ser fácil à altura: Salazar nunca considerou a educação uma prioridade e, muito menos, uma mais-valia, fora dos eixo Estoril-Lisboa, pelo que, para pessoas como o meu avô, dar aulas deveria ser algo entre o místico e o militante.

Pois nessa altura, em que os poucos alunos caminhavam uma, duas horas, descalços, chovesse ou nevasse, para assistir às aulas na vila mais próxima, em que o material escolar era uma lousa e uma pedaço de giz eternamente gasto, o meu avô retirava-se com toda a turma para o monte onde, entre o tojo e rosmaninho, lhes ensinava a posição dos astros, o movimento da terra, a forma variada das folhas, flores e árvores, a sagacidade da raposa ou a rapidez do lagarto. Tudo isto entrecortado por Camões, Eça e Aquilino.

Hoje, chamaríamos a isto ‘aula de campo’. E se as houvesse ainda, não sei a que alínea na avaliação docente corresponderia esta inusitada actividade. O meu avô nunca foi avaliado como deveria. Senão deveria pertencer ao escalão 18 da função pública, o máximo, claro, como aquele senhor Armando Vara que se reformou da CGD e não consta que tivesse tido anos de ‘trabalho de campo’. E o problema é que esta falta de seriedade do estado-novo no reconhecimento daqueles que sustentaram Portugal, é uma história que se repete interminavelmente até que alguém ponha cobro nas urnas a tais abusos de autoridade.

Perante José Sócrates somos todos um número: as polícias as multas que passam, os magistrados os processos que aviam, os professores as notas que dão e os alunos que passam. Os critérios de qualidade foram ultrapassados pelas estatísticas que interessa exibir em missas onde o primeiro-ministro debita e o poviléu absorve.
(…)
Pedro Abrunhosa

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Divulgação do Projecto “Mentes Empreendedoras”


O Dr. Afonso Mendonça Reis deslocou-se à Escola Secundária Jaime Moniz, no dia 11 de Outubro, para divulgar o Projecto “Mentes Empreendedoras”, à semelhança do que fez noutras escolas do continente, que estão também envolvidas.

Para a apresentação do Projecto, foram convidadas, por proposta do dinamizador, duas turmas, uma de 12.º Ano e uma de 11.º ano. As Coordenadoras das Actividades de Enriquecimento Curricular optaram por uma turma de Área de Projecto do Turno da Manhã, o 12.º ano 41 de Línguas e Humanidades e uma de 11.º ano de Sócio Económicas que tinha aulas no turno da tarde.

Depois de uma breve apresentação dos objectivos e finalidades, o responsável propôs que os alunos constituíssem grupos de 4 a 6 e pensassem numa ideia positiva para desenvolverem as seguintes questões:

1 - A quem se dirige o projecto (grupo alvo);
2 – Que problema estou a tentar resolver;
3 – Como resolver? Soluções;
4 – O que é necessário fazer;
5 – Quem pode ajudar.



Os alunos dispuseram de 45 minutos para preparar e posteriormente apresentar, tendo-lhes sido esclarecidas as dúvidas.


Surgiram Projectos muito válidos como: “Reabilitação do Bordado Madeira”; “Agricultura Biológica”; “Promoção do Turismo Aquático na Região”; “Escola para treinar cães destinados a ajudar deficientes”, entre outros.



Esta divulgação decorreu no Auditório 1, das 09h45 às 13h00 para o turno da manhã e das 1500 às 18h15 para o turno da tarde.

As Coordenadoras das Actividades de Enriquecimento Curricular
Maria de Fátima Afonso Marques
Maria Elisabete de Sousa Cró

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Ambiente, incidindo sobre a Aluvião de Fevereiro e os Incêndios do Verão passado.



Por iniciativa do BANCO de TEMPO, teve lugar, nesta Escola, no dia 4 de Outubro, pelas 18 h, uma palestra incluída na rubrica “Nós e os Outros” com o tema Ambiente, incidindo sobre a Aluvião de Fevereiro e os Incêndios do Verão passado.

O orador convidado, Dr. Raimundo Quintal, geógrafo e ambientalista, começou por referir-se aos acontecimentos do passado mês de Fevereiro, assinalando a necessidade de ordenamento do território e relevando o respeito pelas linhas de água que desempenham um papel fundamental no escoamento das águas numa Região montanhosa, sujeita por vezes a chuvas torrenciais.

A propósito dos incêndios de Agosto, salientou que o fogo não se limitou a devastar o precioso coberto vegetal por onde passou. Com as altas temperaturas, fragilizou rochas, partiu-as, colocando em risco muitos trajectos seguidos pelos amantes da Natureza, sendo fácil de prever desmoronamentos.

A assembleia seguiu atentamente as palavras do Dr Raimundo Quintal, registando aspectos relevantes e reconhecendo o trabalho empenhado do Parque Ecológico, dos seus membros e de muitos voluntários.

Cumpriram-se os objectivos do Banco de Tempo: proporcionar encontro, reflexão e debate.

A coordenação do BANCO de TEMPO.

Pedido de dispensa militar

Um jovem escreveu a seguinte carta para o oficial responsável pela dispensa do Serviço Militar.



'Prezado Oficial Militar: Venho por intermédio desta, pedir a minha dispensa do serviço militar.

A razão para isso é bastante complexa e tentarei explicar em detalhes.

Meu pai e eu moramos juntos e possuímos um rádio e uma televisão.

Meu pai é viúvo e eu solteiro.

No andar de baixo, moram uma viúva e sua filha, ambas muito bonitas e sem rádio e nem televisão.

O rádio e a televisão fez com que nossas famílias ficassem mais próximas.

Eu me apaixonei pela viúva e casei com ela. Meu pai se apaixonou pela filha e também se casou com esta.

Neste momento, começou a confusão.

A filha da minha esposa, a qual casou como meu pai, é agora a minha madrasta.

Ao mesmo tempo, porque eu casei com a mãe, a filha dela também é minha filha (enteada).

Além disso, meu pai se tornou o genro da minha esposa, que por sua vez é sua sogra.

A minha esposa ganhou recentemente um filho, que é irmão da minha madrasta.

Portanto, a minha madrasta também é a avó do meu filho, além de ser seu irmão.

A jovem esposa do meu pai é minha mãe (madrasta), e o seu filho ficou sendo o meu irmão.

Meu filho é então o tio do meu neto, porque o meu filho é irmão de minha filha (enteada).

Eu sou, como marido de sua avó, seu avô.

Portanto, sou o avô de meu irmão. Mas como o avô do meu irmão também é o meu avô, conclui-se que eu sou o avô de mim mesmo!!!

Portanto, Senhor Oficial, eu peço dispensa do serviço militar baseado no facto de que a lei não
permite que avô, pai e filho sirvam ao mesmo tempo.

Em caso de dúvida, releia o texto várias vezes, ou tente desenhar um gráfico, para constatar que o meu argumento realmente está inteiramente correcto.

Assinado: Avô, pai e filho.'

Conclusão: O rapaz foi dispensado!