sexta-feira, 15 de maio de 2009

O Mundo que existe à nossa volta...

« O Mundo que existe à nossa volta é de tal maneira rico e fascinante, que desenhar a partir da realidade é um assunto de trabalho sem fim, com a qualidade de ser profundamente estimulante da imaginação e da criatividade. Muitos artistas referem a observação da realidade e da vida como estímulo ou como tema daquilo que fazem. O desenho à vista permite que a realidade invada de tal modo o processo de trabalho, que trava a tendência natural para recorrer à memória do que se observou. (…)
É o que acontece com as naturezas-mortas de Morandi que, ao longo da sua vida, pintou sempre um pequeno grupo de frascos, taças e garrafas e, no entanto, estabeleceu toda uma obra apenas a partir da repetição da observação do mesmo tipo de modelo.
Existe mesmo um certo fascínio em desenhar repetidamente o mesmo modelo, numa tentativa de descobrir em absoluto tudo o que pode ser visto e de desenhar sempre de novo aquilo que já se conhecia. »

Rodrigues, Ana Leonor M. Madeira, “O que é Desenho” Lisboa, Editorial, 2000.

Desenho A 12ºAno

« Na linguagem corrente dir-se-á “desenhar à vista”, porque tal implica que o assunto desenhado está perante o nosso olhar, quer se trate de um objecto, de uma pessoa, ou de uma paisagem.»


« A ideia de Baudelaire de que a “arte deve sempre chocar um pouco…»


Rodrigues, Ana Leonor M. Madeira, “O que é Desenho” Lisboa, Editorial, 2000.




álbum de fotos - trabalhos das turmas 12º20 e 12º21

Alto Contraste

ALTO CONTRASTE
Nesta unidade de trabalho, que consistiu na exploração do limite e do reconhecimento, foram desenvolvidos os conteúdos sintaxe e sentido através da reprodução de pinturas associados às correntes artísticas recomendadas pelas docentes. (Renascimento, Arte Flamenga e Barroco)
Foram realizados vários registos. Após os estudos, os alunos ampliaram a imagem escolhida para um suporte A0.
Nesta fase, os alunos procederam à exploração cromática da imagem ampliada, através do recurso predominante com contrastes de qualidade e de valor claro-escuro, apuraram o nível de reconhecimento das obras no seu todo, explorando, assim, as técnicas do carvão e do pastel.


álbum fotos 10º20
álbum fotos 10º21

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Impacto ou impacte














Apesar de






Em qual direcção vai o autocarro?

Esta mesma questão foi colocada num jardim de infancia a um grupo de criancinhas...
90 % delas responderam :
-esquerda!

E perante a estupefacção de todos os adultos, eles responderam:
-É esquerda o sentido em que vai o autocarro, porque não estamos a ver a porta!'

Amor é fogo que arde sem se ver...



Questão : Interpretar o seguinte trecho de poema de Camões:

'Amor é fogo que arde sem se ver,

é ferida que dói e não se sente,

é um contentamento descontente,

dor que desatina sem doer'.


Uma aluna deu a sua interpretação:

'Ah Camões, se vivesses hoje em dia,
tomarias uns antipiréticos,

uns quantos analgésicos e Prozac para a depressão.

Comprarias um computador,

consultarias a Internet e descobririas que essas dores que sentias,

esses calores que te abrasavam,

essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,

não eram feridas de amor,

mas somente falta de sexo!'

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Rostos do Liceu: Emanuel Gonçalves



O Lyceu: Fala-nos de Emanuel Gonçalves do seu projecto de vida, dos seus sonhos, dos seus gostos…

Emanuel Gonçalves: Eu sou o Emanuel Luís Abreu Gonçalves, tenho 19 anos e sou atleta nadador. Estudo desporto, porque futuramente quero seguir algo dentro da minha área, a Natação. Quanto aos meus sonhos, eu sou muito ambicioso. Tenho como grande objectivo os Jogos Paralímpicos de Londres de 2012, mas, antes disso, já conto com muitas outras internacionalizações, nomeadamente o Campeonato Europeu na Islândia, em Outubro deste ano, prova para a qual já estou qualificado.


O. L.: Como nasceu a tua apetência pela Natação?


Emanuel Gonçalves: Aos meus 6 anos de idade, tive um vírus que me afectou o sistema nervoso e levou-me a ficar paralisado por breves meses. Por aconselhamento médico, entrei para a Natação, que só me veio beneficiar tanto ao nível de saúde como também veio a abrir as portas a minha carreira desportiva ao mais alto nível. Contudo, o apoio de todos aqueles que desde sempre me acompanharam, pais, treinadores, colegas, é indispensável.

O. L.: Descreve a Natação enquanto actividade desportiva.

Emanuel Gonçalves: Enquanto actividade desportiva, a natação é muito produtiva, porque não só é o desporto mais completo de todos, sendo aquele que faz trabalhar todos os músculos do nosso corpo, como também é uma actividade que proporciona convívio com outros praticantes e o bem-estar físico de todos.

O. L.: Ser um desportista de alta competição é um desafio? Até que ponto?

Emanuel Gonçalves: Sem dúvida alguma que sim. Ser atleta de alta competição é um estatuto que se adquire por estar entre os melhores do nosso País e, não só lutamos imenso para o conseguir, como também lutamos para o manter durante cada época desportiva… O facto de levarmos uma bandeira ao peito cada vez que competimos, a responsabilidade de que nada pode falhar e a garra de ganhar mais e mais são desafios feitos a nós mesmos e sem eles provavelmente nunca evoluiríamos…

O. L.: Como consegues conciliar a alta competição, no que se refere às tuas participações em torneios internacionais, com a vida escolar?

Emanuel Gonçalves: A escola é indispensável para o futuro de cada um de nós, ela é a preparação da minha vida profissional, por isso um atleta de alta competição não se dedica exclusivamente à modalidade, mas também à escola. Uma das nossas vantagens é que, quando competimos ao nível internacional, temos direito a uma data de coisas que visam compensar as aulas perdidas, nomeadamente, o acesso às matérias.


O.L.: Vale a pena ser um atleta de alta competição, quer em termos de pessoais quer em termos profissionais?

Emanuel Gonçalves: Sim. Gostar daquilo que fazemos é a base do nosso sucesso. Um atleta motiva-se dentro daquilo que consegue alcançar, sendo a motivação o factor com maior responsabilidade por que consiga atingir os seus objectivos. Esta é, sem dúvida, importante em todos os aspectos da vida.

O.L.: Certamente que já és considerado uma referência para os Madeirenses, tendo em conta o teu palmarés. Como lidas com essa “fama”? É fácil geri-la?

Emanuel Gonçalves: Infelizmente, aqui na Madeira, a Natação é inserida num conjunto de outras modalidades às quais apelidam de “amadoras”, dado que as pessoas têm mais interesse num jogador de futebol, que recebe os seus ordenados estrondosos, anda com luxos extravagantes, é capa de revistas e, muito provavelmente, não é tão aplicado como nós. Esta é uma coisa que me perturba imenso… e não me refiro só a mim, mas a muitos outros grandes atletas de alta competição da nossa região, que deveriam ser mais apoiados.


O. L.: Que mensagem deixas aos teus colegas da Jaime Moniz e para os jovens em geral?

Emanuel Gonçalves: Aos meus colegas da Jaime Moniz e para os jovens em geral, deixo esta mensagem: façam, do vosso sonho, realidade e nunca deixem de acreditar que tudo é possível. O esforço é sempre recompensado!
Fonte da foto: Emanuel Gonçalves.