« O Mundo que existe à nossa volta é de tal maneira rico e fascinante, que desenhar a partir da realidade é um assunto de trabalho sem fim, com a qualidade de ser profundamente estimulante da imaginação e da criatividade. Muitos artistas referem a observação da realidade e da vida como estímulo ou como tema daquilo que fazem. O desenho à vista permite que a realidade invada de tal modo o processo de trabalho, que trava a tendência natural para recorrer à memória do que se observou. (…)
É o que acontece com as naturezas-mortas de Morandi que, ao longo da sua vida, pintou sempre um pequeno grupo de frascos, taças e garrafas e, no entanto, estabeleceu toda uma obra apenas a partir da repetição da observação do mesmo tipo de modelo.
Existe mesmo um certo fascínio em desenhar repetidamente o mesmo modelo, numa tentativa de descobrir em absoluto tudo o que pode ser visto e de desenhar sempre de novo aquilo que já se conhecia. »
É o que acontece com as naturezas-mortas de Morandi que, ao longo da sua vida, pintou sempre um pequeno grupo de frascos, taças e garrafas e, no entanto, estabeleceu toda uma obra apenas a partir da repetição da observação do mesmo tipo de modelo.
Existe mesmo um certo fascínio em desenhar repetidamente o mesmo modelo, numa tentativa de descobrir em absoluto tudo o que pode ser visto e de desenhar sempre de novo aquilo que já se conhecia. »
Rodrigues, Ana Leonor M. Madeira, “O que é Desenho” Lisboa, Editorial, 2000.
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