sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Mosquito Aedes aegypti (Mosquito do Dengue) na Madeira



A ilha da Madeira é mundialmente conhecida pelo seu clima ameno, convidando a uma visita pelas suas belas paisagens e outras actividades ao ar livre, que, desde há muito, têm sido exploradas para fins turísticos. A temperatura e a humidade que se verificam ao longo de todo o ano propicia a muitos seres vivos, animais e plantas, condições ideais ao seu desenvolvimento.
Os ecossistemas, sofrem alterações constantes, sejam por acção humana ou por via natural, contudo, a introdução descontrolada ou acidental de uma nova espécie num habitat poderá provocar desequilíbrios, que, em ecossistemas limitados, como é o caso de uma ilha, originam efeitos devastadores a curto prazo.
De uma forma geral, uma espécie, ao ser introduzida num novo habitat que reúna características ideais à sua proliferação e na ausência de predadores naturais, poderá sofrer um crescimento desmesurado originando uma diminuição dos recursos disponíveis para outras espécies residentes ou mesmo constituir uma ameaça para estas. Em termos de importância Médica, o crescimento descontrolado de uma espécie, em situações extremas, poderá levantar questões de saúde pública, exemplo disto será um aumento na taxa de transmissões ou infecções por um dado organismo.
A ilha da Madeira, ao longo dos tempos, tem sido alvo de inúmeras introduções (desde plantas ornamentais, medicinais a animais exóticos). Em 2004, na sequência de algumas queixas por parte da população local, especificamente na localidade de Santa Luzia, relatos de dolorosas picadas de mosquito que originavam reacções inflamatórias exuberantes, uma equipa da Unidade de Entomologia Médica do Instituto de Higiene e Medicina Tropical identificou o Mosquito Aedes (Stegomyia) aegypti (Linnaeus, 1762) (Diptera, Culicidae) que, em colheitas anteriores, realizadas entre os anos de 1977-1979, não havia sido detectado. Em Portugal Continental, existem registos da espécie até 1956, não tendo este sido identificado desde então.
O Aedes aegypti é uma espécie endémica na grande maioria das regiões tropicais e subtropicais por todo o mundo, onde o vírus do dengue é considerado um grave problema de saúde pública. A abundância do mosquito está directamente relacionada com o aumento da temperatura e da precipitação uma vez que estes factores originam maior número de colecções de água que funcionam como criadouros, induzem um aumento da taxa de desenvolvimento, diminuindo o tempo do ciclo reprodutivo e estimulando a eclosão das formas imaturas.
Esta espécie é também conhecida por utilizar uma diversidade considerável de criadouros, muitos deles artificiais (produzidos pelo Homem) onde ocorre a ovoposição, sendo que os ovos do mosquito Aedes aegypti são especialmente resistentes à dissecação. As alterações climáticas, que, nos últimos tempos, têm sido alvo de algum mediatismo, podem também dar o seu contributo na dispersão do vector e do vírus, levando à expansão geográfica das áreas de distribuição dos mesmos.
Até à data, não foi identificado qualquer caso de dengue autóctone (transmitido na Madeira), o que sugere a ausência do vírus.
Segundo dados da Direcção-geral de Saúde, no último ano em Portugal Continental foram registados 15 casos importados de dengue. O volume de tráfego marítimo e aéreo entre a Madeira e Portugal Continental e outros países pode aumentar o risco de re-introdução do mosquito, particularmente no sul da Europa onde o clima é mais favorável ao seu desenvolvimento. Para além disto, Portugal mantém relações estreitas com países onde recentemente ocorreram surtos de dengue, como é o caso do Brasil, que, num dos piores cenários, poderão contribuir para a importação de novos casos e de uma possível transmissão na presença do vector.
O processo de Globalização, caracterizado, entre muitos outros factores, pelo rápido movimento de pessoas e mercadorias de um ponto do Globo para outro, por si só acarreta inúmeras facilidades na disseminação de agentes infecciosos. Exemplo disto é o facto de já em 1857 se ter verificado um surto de febre amarela em Lisboa, que causou milhares de mortos, e ainda a Globalização como a entendemos hoje, não se vislumbrava no horizonte.
Existe ainda um conjunto de normas internacionais para controlo de vectores em aeroportos, em particular para o Aedes aegypti, que passam pelo tratamento dos locais de criação nas imediações do aeroporto (num perímetro de 400 metros). É nossa opinião que estas medidas deveriam abarcar os portos marítimos (http://whqlibdoc.who.int/hq/pre-wholis/a43045_%28p97-p170%29.pdf ).
Aparentemente as autoridades regionais estão atentas ao problema, avançando com um plano que tem em vista a diminuição dos criadoros (vasos, pneus e recipientes de plástico) e a eliminação de formas imaturas e adultos recorrendo ao uso de insecticidas. No entanto, o mosquito Aedes aegypti continua a ser encontrado e a população a ser picada. A dificuldade em erradicar uma espécie de mosquito é conhecida ou mesmo quase impossível, à semelhança da realidade dos países Africanos, em que esforços realizados durante décadas não foram suficientes para eliminar as transmissões de malária, entre outras infecções transmitidas por estes vectores.
Como nota final, apelamos à continuidade das medidas preventivas já tomadas e à implementação de outras que, a curto prazo, podem contribuir para a diminuição daquele mosquito. Sugerimos às Autoridades Regionais a implementação de um plano de vigilância entomológica permanente, registando possíveis variações na abundância do vector, o que permitiria uma rápida identificação dos principais focos e uma acção eficaz no controlo vectorial. Outra medida seria o desenvolvimento de um plano de educação ambiental nas escolas e através dos meios de comunicação em geral, não com o intuito de alarmar a população, mas, sim, de informá-la, onde seriam abordadas as características do vector (por exemplo: picos diários de alimentação) e medidas de protecção, como sejam a utilização de repelentes e de redes mosquiteiras nas habitações e fomentar a redução de recipientes de água que poderão ser utilizados pelo mosquito no seu ciclo reprodutor. A prevenção será sempre a melhor escolha para o combate de possíveis transmissões vectoriais.


Ferdinando Freitas, Investigador no IHMT (Instituto de Higiene e Medicina Tropical)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Super Escola Portuguesa


A SUPERESCOLA

Onde estão as melhores escolas do mundo?
Claro! Está certo! Em Portugal!
Ora vejamos com atenção o exemplo de uma vulgar turma do 7º ano de escolaridade, ou seja, do ensino básico.
Ah, é verdade, ensino básico é para toda a gente, melhor dizendo, para os filhos de toda a gente! DISCIPLINAS / ÁREAS CURRICULARES NÃO DISCIPLINARES:
1. Língua Portuguesa
2. História
3. Língua Estrangeira I - Inglês
4. Língua Estrangeira II - Francês
5. Matemática
6. Ciências Naturais
7. Físico-Químicas
8. Geografia
9. Educação Física
10. Educação Visual
11. Educação Tecnológica
12. Educação Moral R.C.
13. Estudo Acompanhado
14. Área Projecto
15. Formação Cívica

É ISSO - CONTARAM BEM - SÃO 15!
Carga horária = 36 tempos lectivos
Não é o máximo ensinar isto tudo aos filhos de toda esta gente? De todo o
Portugal? Somos demais, mesmo bons!

MAS NÃO FICAMOS POR AQUI!!!!
A Escola ainda:
Integra alunos com diferentes tipologias e graus de deficiência, apesar de os professores não terem formação para isso;
Integra alunos com Necessidades Educativas de Carácter Prolongado de toda a espécie e feitio, apesar de os professores não terem formação para isso;
Não pode esquecer os outros alunos,atestado-médico-excluídos que também têm enormes dificuldades de aprendizagem;
Integra alunos oriundos de outros países que, as mais das vezes, não falam Português. Tem o dever de criar outras opções para superar dificuldades dos alunos, como:
* Currículos Alternativos
* Percursos Escolares Próprios
* Percursos Curriculares Alternativos
* Cursos de Educação e Formação

MAS AINDA HÁ MAIS!
A escola ainda tem o dever de sensibilizar ou formar os alunos nos mais
variados domínios:
* Educação sexual
* Prevenção rodoviária
* Promoção da saúde, higiene, boas práticas alimentares, etc.
* Preservação do meio ambiente
* Prevenção da toxicodependência
* Etc, etc

Peço desculpa por interromper, mas em Portugal são todos órfãos?
(possível interpolação do ministro da educação da Finlândia)
Só se encontra mesmo um único defeito: os professores.
Uma cambada de selvagens e incompetentes, que não merecem o que ganham,trabalham poucas horas (Comparem com os alunos! Vá! Vá! Comparem!!!) Têm
muitas férias, faltam muito, passam a vida a faltar ao respeito e a agredir os pobres dos alunos, coitados! Vejam bem que os professores chegam ao
cúmulo de exigir aos alunos que tragam todos os dias o material para as aulas, que façam trabalhos de casa, que estejam atentos e calados na sala de
aula,... e depois ainda ficam aborrecidos por os alunos lhes faltarem ao respeito! Olha que há cada uma!

História da Educação...

Situação:O Pedro está a pensar ir até ao monte depois das aulas, assim que entra no colégio mostra uma navalha ao João, com a qual espera poder fazer uma fisga.

Ano 1978: O director da escola vê, pergunta-lhe onde se vendem, mostra-lhe a sua, que é mais antiga, mas que também é boa.

Ano 2008: A escola é encerrada, chamam a Polícia Judiciária e levam o Pedro para um reformatório. A CIS e a ITV apresentam os telejornais desde a porta da escola.



Situação: O Carlos e o Quim trocam uns socos no fim das aulas.

Ano 1978: Os companheiros animam a luta, o Carlos ganha. Dão as mãos e acabam por ir juntos jogar matrecos.

Ano 2008: A escola é encerrada. A CIS proclama o mês anti-violência escolar. O Jornal de Notícias faz uma capa inteira dedicada ao tema, e a IVT insiste em colocar a Jornalista à porta da escola a apresentar o telejornal, mesmo debaixo de chuva.



Situação: O Jaime não pára quieto nas aulas, interrompe e incomoda os colegas.

Ano 1978: Mandam o Jaime ir falar com o Director, e este dá-lhe uma bronca de todo o tamanho. O Jaime volta à aula, senta-se em silêncio e não interrompe mais.

Ano 2008: Administram ao Jaime umas valentes doses de Ritalin. O Jaime parece um Zombie. A escola recebe um apoio financeiro por terem um aluno incapacitado.



Situação: O Luís parte o vidro dum carro do bairro dele. O pai caça um cinto e espeta-lhe umas chicotadas com o mesmo.

Ano 1978: O Luís tem mais cuidado da próxima vez. Cresce normalmente, vai à universidade e converte-se num homem de negócios bem sucedido.

Ano 2008: Prendem o pai do Luís por maus tratos a menores. Sem a figura paterna, o Luís junta-se a um gang de rua. Os psicólogos convencem a sua irmã que o pai abusava dela e metem-no na cadeia para sempre. A mãe do Luís começa a namorar com o psicólogo. O programa da Fátima Lopes mantém durante meses o caso em estudo, bem como o Você na ITV do Coucha.

Situação: O Zézinho cai enquanto praticava atletismo, arranha um joelho. A sua professora Maria encontra-o sentado na berma da pista a chorar. Maria abraça-o para o consolar.

Ano 1978: Passado pouco tempo, o Zézinho sente-se melhor e continua a correr.

Ano 2008: A Maria é acusada de perversão de menores e vai para o desemprego. Confronta-se com 3 anos de prisão. O Zézinho passa 5 anos de terapia em terapia. Os seus pais processam a escola por negligência e a Maria por trauma emocional, ganhando ambos os processos. Maria, no desemprego e cheia de dívidas suicida-se atirando-se de um prédio. Ao aterrar, cai em cima de
um carro, mas antes ainda parte com o corpo uma varanda. O dono do carro e do apartamento processam os familiares da Maria por destruição de propriedade. Ganham. A CIS e a ITV produzem um filme baseado neste caso.



Situação: Um menino branco e um menino negro andam à batatada por um ter chamado chocolate ao outro.

Ano 1978: Depois de uns socos esquivos, levantam-se e cada um para sua casa. Amanhã são colegas.

Ano 2008: A ITV envia os seus melhores correspondentes. A CIS prepara uma grande reportagem dessas com investigadores que passaram dias no colégio a averiguar factos. Emitem-se programas documentários sobre jovens problemáticos e ódio racial. A juventude Skinhead finge revolucionar-se a respeito disto. O governo oferece um apartamento à família do miúdo negro.



Situação: Tens que fazer uma viagem.

Ano 1978: Viajas num avião da PAT, dão-te de comer, convidam-te a beber seja o que for, tudo servido por hospedeiras de bordo espectaculares, num banco que cabem dois como tu.

Ano 2008: Entras no avião a apertar o cinto nas calças, que te obrigaram a tirar no controle. Enfiam-te num banco onde tens de respirar fundo para entrar e espetas o cotovelo na boca do passageiro ao lado e se tiveres sede o hospedeiro apresenta-te um menu de bebidas com os preços inflacionados 150%, só porque sim. E não protestes muito pois quando aterrares enfiam-te o dedo mais gordo do mundo pelo ânus acima para ver se trazes drogas.



Situação: Fazias uma asneira na sala de aula.

Ano 1978: O professor espetava duas valentes lostras bem merecidas. Ao chegar a casa o teu pai dava-te mais duas porque alguma deves ter feito

Ano 2008: Fazes uma asneira. O professor pede-te desculpa. O teu pai pede-te desculpa e compra-te uma Playstation 3.



Situação: Chega o dia de mudança de horário de Verão para Inverno.

Ano 1978: Não se passa nada.

Ano 2008: As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão e diarreia.



Situação: O fim das férias.

Ano 1978: Depois de passar 15 dias com a família atrelada numa caravana puxada por um Fiat 600 pela costa de Portugal, terminam as férias. No dia seguinte vai-se trabalhar.

Ano 2008: Depois de voltar de Cancún de uma viagem com tudo pago, terminam as férias. As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão, seborreia e diarreia.

O Governo dá...

CURTO, DURO E TRISTEMENTE VERDADEIRO
29102008

Vais ter relações sexuais?
O governo dá preservativo.

Já tiveste?
O governo dá a pílula do dia seguinte.

Engravidaste?
O governo dá o aborto.

Tiveste filho?
O governo dá o Abono de Família.

Estás desempregado?
O governo dá o Subsídio de Desemprego.

És drogado?
O governo dá seringas.

És ladrão?
O governo dá cama, mesa e roupa lavada durante os dois dias de prisão.

Não gostas de trabalhar?
O governo dá rendimento mínimo garantido!

AGORA
Experimenta estudar, trabalhar, produzir e andar na linha para ver o que
acontece!!!

VAIS GANHAR UMA BOLSA DE IMPOSTOS E SERÁS PERSEGUIDO E CASTIGADO POR SERES
UM CIDADÃO DECENTE E DIGNO!

As nossas leituras

“O QUE É TUDO SENÃO O QUE PENSAMOS DE TUDO?”


ÁLVARO DE CAMPOS



A leitura saudável e habitual, além de nos proporcionar cultura geral e evolução intelectual, é também um prazer. Está nas mãos da escola incutir e cultivar este hábito de leitura assídua por parte dos seus alunos. Isto mesmo foi feito neste primeiro período com a leitura contratual que incentiva ao gosto pela leitura e, principalmente, ao gosto de partilhar oralmente as nossas opiniões sobre a obra, desenvolvendo, além da leitura, a oralidade e capacidade de expor ideias e opiniões, discutindo-as com os colegas.

Diva, 12º40

Não tenho o hábito de ler, nem infelizmente o tento adquirir. O mais estranho é que uma pessoa sabe, tem consciência das coisas que são boas para ela e, mesmo assim, não as faz (…) Infelizmente não li, no 1º período, o livro que me propus pelo facto de não me sentir atraído pela leitura. Tenho consciência de que foi um ponto a menos na minha valorização pessoal…

António Andrade, 12º41

Desde bem pequena que os livros são parte integrante do meu quotidiano. Julgo, aliás, ser prova de que ler é uma actividade que não acarreta quaisquer consequências negativas. Antes pelo contrário. Se há algum responsável por muitas das poucas coisas que hoje sei, esse responsável é a leitura. Se há algum culpado pela forma como olho o que me rodeia, esse culpado é a leitura.

Sofia Oliveira, 12º40

Ler é um vício, mas é um vício bom. A “droga” são os livros, as histórias, os contos e as palavras que nos deixam viajar, ainda que intelectualmente para terras distantes, encarnar outras personagens, sentir outras coisas e gostar de sentir. Ler é abrir a mente a novas realidades.
O vício da leitura deve ser alimentado todos os dias e partilhado. Ao folhearmos um livro, ao tocarmos nas suas páginas, ao acariciarmos a sua capa, sentimo-nos automaticamente livres porque sabemos que o que quer que esteja tatuado naquelas folhas marcar-nos-á de uma maneira ou de outra.

Marta Aguiar, 12º41


A leitura não deve ser mais do que um exercício para nos obrigar a pensar.

Edward Gibbon


CAPITÃES DA AREIA de Jorge Amado

Há livros que nos obrigam a pensar. Eu li, neste primeiro período, o livro de Jorge Amado, Capitães da Areia, que nos mostra a vida de muitas crianças abandonadas que vivem no Brasil (…) São crianças que não sabem o que é receber carinho, nunca sentiram amor e, por isso, vivem revoltados com tudo e todos.


Cláudia 12º40

Não tenho o hábito de ler, deixei-o plantado noutras terras – já longínquas! – deixei-o ficar no tempo da escola e dos deveres. Não sinto a leitura como um prazer. Devo, contudo, deixar claro que o percurso para adquirir esse hábito foi muito proveitoso e mostrou-se de um enorme gozo por meio das palavras de Jorge Amado, por meio da sua espectacular escrita em Capitães da Areia. Gostei ainda mais de ter quem lesse comigo, de poder ter um prazer partilhado. Concluo referindo que Armando Zenhas tem toda a razão quando diz que é preciso cultivar a leitura. Eu, que não o tenho, cinjo-me à experiência do percurso, à beleza do novo e ao aprender a aprender!

Maria Helena Sardinha, 12º40

É uma obra carregada de páginas de beleza, lirismo e dramatismo, poucas vezes igualadas na literatura mundial. Ficamos completamente envoltos na história narrada pelo autor, que nos remete para os anos trinta, onde os meninos abandonados vagueavam pelas ruas de Salvador. É uma obra inolvidável que nos faz literalmente viajar até ao Brasil e reflectir acerca da realidade social daquele país.

Carolina Fernandes, 12º40


ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA de José Saramago


“Quando se sabe ler bem e se desenvolve o hábito da leitura, ler é um prazer que sabe bem ter cultivado”. Ler para mim é também viajar, sonhar, viver outras realidades que não as minhas, ser outra pessoa, é ser capaz de reviver o Passado, vivendo o Presente ou até mesmo pensar num Futuro. Ler é crescer, é amadurecer, é abrir horizontes, é devorar a vida nas páginas de um livro.
Como qualquer aprendizagem, aprender a ler implica dedicação e gosto pela leitura, de outro modo é vã a tentativa de interagir com as palavras, os textos, as páginas de um qualquer livro.
Mas, já diziam os antigos, “quem corre por gosto não cansa” e é verdade, se não vejamos: “o percurso para adquirir esse hábito é igualmente um prazer e pode ser um prazer partilhado”; ora “prazer partilhado” suscita-me um apelo à leitura partilhada do livro Ensaio sobre a Cegueira de José Saramago. É um livro particularmente fantástico, apresenta-nos o Medo como uma força que nos amarra, aprisiona e cega, que ferozmente nos afasta da realidade; como Saramago diz, “o medo cega”. E é bem verdade porque quem tem medo de agir, não age, fica retido na sua pequenez, não consegue sair, então “cega” para a realidade, coloca-se-lhe um tapume quase intransponível. Aconselho a todos os que querem ser “menos cegos” a ler esta obra saramaguiana. Valerá a pena!

Mariana, 12º40

É um livro que permanecerá na minha memória não só pelo seu significado, pela simbologia de cada personagem, mas também pelo facto de ter sido um prazer partilhado. Foi uma história que todos vivemos e sobre a qual todos conversámos. Foi um acontecimento que partilhámos com a nossa consciência, com o nosso “eu”. Foi, acima de tudo, uma luz que atenuou a nossa cegueira e nos fez pensar nem que por umas páginas, na condição humana.

Mafalda Melim, 12º 40


PEQUENAS MEMÓRIAS de José Saramago

Confesso que não tenho grandes hábitos de leitura pois prefiro umas horas de TV ou de navegação na Internet. Modernices…
Há poucas semanas, li As Pequenas Memórias de José Saramago. Por momentos, revi-me no consagrado autor. Uma infância normal para a época, sem nada ou pouco que antevisse a “criação” de mais um génio da literatura portuguesa e da literatura universal.

João Pedro Frias, 12º40

CRÓNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA de Gabriel Garcia Marquez

Este livro tem como objectivo primordial criticar a mentalidade primitiva de uma época que penaliza violentamente uma jovem por ter um comportamento sexual desadequado para a sua época (…) A obra trata assim do tempo e do perdão, da brevidade da vida e da eternidade dos sentimentos. O autor tenta demonstrar a sua consternação face à quantidade de coincidências funestas acumuladas, deixando no ar a inquietante reflexão de que a fatalidade nos torna invisíveis.

Carina, 12º40

Não sou pessoa de ler muito, mas Crónica de uma Morte Anunciada é um livro que me deu imenso prazer em ler. Para se tirar prazer deste livro é necessário uma única coisa: aceitar a história. Aceitá-la porque é uma ficção e porque é apenas uma amostra terrível de uma fatalidade humana. Preconceito sexual, vingança e morte é disso que trata o livro, ou seja, é essa a força deste livro e a razão pela qual uma coisa tão monstruosa, como o crime fatal anunciado e concretizado, gera uma leitura inesquecível e irresistível.
Emília, 12º41

Partilhei com os colegas a Crónica de uma Morte anunciada de Gabriel Garcia Marquez, por escolha da professora. Gostei do livro e surpreendi-me porque é daqueles livros que se o visse numa livraria não o comprava. E aí é que entra a partilha, porque a maioria dos livros que lemos são-nos recomendados ou por amigos, familiares ou por professores que partilham connosco as suas experiências de leitura.

Susana Bradford Ferreira, 12º40


CÃO COMO NÓS, de Manuel Alegre

O livro Cão Como Nós baseia-se no relacionamento entre um cão e uma família, oferecendo aos leitores relatos únicos para uma caracterização do cão, numa perspectiva quase humana. Os episódios relatados mostram como um cão pode introduzir numa família sentimentos mistos e contrários, descrevem os diversos tipos de relacionamento entre o cão e os membros da família, e demonstram ainda como os seres humanos não são os únicos que têm e expressam sentimentos.
Manuel Alegre, neste seu livro, conta a história de um cão para na realidade falar do comportamento humano. Ao longo do livro, o autor relata momentos da sua vida passados com o cão, levando-nos a sentir uma empatia em relação a este, pois os comportamentos do cão são muito semelhantes aos de um ser humano.
Ao longo da obra, Manuel Alegre critica certas atitudes adoptadas pelo cão, que, no fundo, são muito semelhantes ou mesmo iguais às nossas. Uma das grandes críticas que o autor faz a Kurika (o cão), é o facto de este ser desobediente, pois não queira participar nas caçadas. No entanto, o ser humano por vezes também é desobediente, principalmente quando lhe é pedido para fazer algo que não lhe agrada; no caso do cão, caçar perdizes não lhe agradava de todo.
No livro, o autor conta que o cão ficou durante várias noites e vários dias a ladrar por ser preso no canil; este seu comportamento permitiu-lhe voltar para o interior da casa, o que realça a sua teimosia. Da mesma forma, o Homem é igualmente teimoso, tal como a mãe do autor o foi, ao insistir para que o cão estivesse preso no canil. Este confronto de temperamentos fortemente teimosos e semelhantes terminou com o ladrar persistente do Kurika e o seu regresso vitorioso à casa da família.
Manuel Alegre mostra também no seu livro a grande protecção que o cão oferecia aos diferentes membros da família. Esta atitude protectora está presente nos episódios em que o cão salva o autor que havia adormecido, após ter posto um café ao lume, e de quando o cão ficava deitado à noite na porta do quarto da filha a guardá-la. Esta característica do cão também está muito presente no ser humano, principalmente dos pais em relação aos filhos.
O cão era como um membro da família, sentindo saudade dos seus entes queridos, após a sua ausência. Esta característica, a saudade, é igualmente descrita pelo autor, após a morte do seu parceiro canino, o Kurika.
Este conjunto de características atribuídas ao cão, tão semelhantes às de um ser humano, levaram Manuel Alegre a escolher como título da sua obra, “Cão Como Nós”.

João Nuno Costa Jardim , 12º9

Na minha opinião, o poeta, com este livro, faz uma critica de forma abstracta ao ser humano em geral. Apesar de ter um comportamento muito similar ao cão, o dono não aceitava que este tivesse aquele tipo de comportamento. Isto acontece com as pessoas em geral, em todos os campos. Por um lado, criticam e repreendem muitas atitudes de terceiros e, depois, por vezes sem se aperceberem, têm atitudes iguais ou até piores que aquelas que tanto repreenderam. Criticar e apontar defeitos aos outros é muito fácil! Mas quando nos cabe a nós agir correctamente já é mais difícil. As pessoas têm de ser mais tolerantes umas com as outras e têm de se lembrar que sempre que apontam o dedo a alguém têm três a apontar para si.
Outro aspecto que Manuel Alegre critica com esta obra é o facto de as pessoas não saberem aceitar as diferenças. Este cão tinha um comportamento diferente dos outros cães e por isso era constantemente visto pelo seu dono como um palerma dum cão, que não se sabe comportar como tal. Isto verifica-se muito entre pessoas. Não aceitam as diferenças entre elas, o que contribui e muito para os conflitos e para a discriminação na nossa sociedade: cores de pele diferentes, etnias diferentes, costumes diferentes, ou ate maneiras de pensar diferentes. As pessoas têm de ter uma mente e uma alma mais abertas, prontas a aceitar as diferenças. Uma sociedade moderna devia ter isso como princípio.

João Henrique França Rodrigues,12º 9

COMO VIVI O DIA DA BENÇÃO DAS CAPAS



Para mim não faz muito sentido fazer a Capa no final do primeiro Período quando ainda não sei se de facto sou ou não finalista, por outro lado, atendendo a que pretendo seguir estudos universitários, que sentido tem fazer a Capa de finalista já no 12ºano? Mas como entendo que tudo tem uma tradição, uma herança cultural, e como sei que noutros tempos o significado deste dia era outro, muito mais consistente e válido, que era o de, como muitos estudantes terminavam o 12º (na altura tinha outra designação) e já não seguiam para a Universidade porque era só no Continente, e nem todos podiam por motivos vários, então para consolar os "desconsolados" faziam uma cerimónia especialmente sentida para os estudantes. Assim sendo, acho que se faz parte da nossa tradição, para quê quebrá-la?
Finalmente, o dia das Capas, por mim, foi vivido entre um misto de stress e de diversão. Digo stress porque foi uma correria, entre cabeleireiros, missa, fotos, jantar, baile, tudo passou a voar e a pressão para que tudo corresse bem acelerou ainda mais o passar das horas.
Contudo, se analisar a experiência que foi fazer a Capa, até foi bastante positiva, diverti-me imenso, voltava a fazer o mesmo, bem... se calhar até não... há experiências que pura e simplesmente não se repetem!!! Espero que todos os que já fizeram a Capa e todos os que ainda a vão fazer se divirtam e desfrutem tanto ou mais do que eu!!! Aproveitem!!!


Mariana Ferreira, 12º40


Como viveu o dia das capas?
Gostei da cerimónia da bênção das capas e da formacomo decorreu no geral. Apreciei a bem concebida marcha, efectuadaentre o Liceu e a Catedral da Sé, e fiquei surpreendido com a presençade tantos fotógrafos e pessoas a assistir nas ruas. Mesmo que,lamentavelmente a saída da missa foi mal planificada, o que levou amuitos "encontrões" e até a alguns desmaios na igreja, estes últimosderivados também da hora à qual esta decorreu.
Lamentei a ausência do Sr. Bispo António Carrilho e doReitor da nossa instituição, o Sr. Jorge Moreira, mas eles devem tertido os seus impedimentos, compreensíveis, para não terem feito partede dita cerimónia.
Achei muito pedagógicos os ensinamentos dados peloPadre que dirigiu a missa, especialmente a mensagem final, na qualreferiu que é fundamental não se limitar ao "quanto baste", mas que éindispensável tentar dar sempre o nosso máximo no que fazemos para queos nossos objectivos corram pelo melhor, e assim, não teremos remorsosde não atingirmos os nossos objectivos devido à falta de trabalho.


Santiago Rodrigues Nº18 12º3

A meu ver, a cerimónia da bênção das capas é, certamente, um acontecimento memorial pelo qual a maioria dos alunos anseia, não só por simbolizar a última fase do ensino secundário, mas também por dar continuidade à tradição, já conservada pelos nossos pais. Todavia, considero que este evento não deveria ocorrer no 1º Período, mas sim no final do ano lectivo. Deste modo, saberíamos já os resultados do nosso aproveitamento escolar, o que iria, de certo modo, reforçar a intenção desta solenidade, que no final de contas é congratular os alunos pelo seu esforço.

Em suma, a bênção das capas corresponde a uma comemoração, em que, vestidos a rigor, concluímos uma etapa e viramos uma nova página, no que diz respeito à nossa formação académica.

Talvez por criar demasiadas expectativas, não considerei este dia fenomenal. No que diz respeito ao desfile e à celebração eucarística, posso afirmar que correu tudo como planeado, isto é, sem acontecimentos inesperados. Ironicamente, a parte de que mais desgostei foi aquela que se seguiu à cerimónia, ou seja, o jantar e o baile que, supostamente, seriam o auge desta comemoração.


Teresa Sousa, 12º 3


O dia da bênção das capas foi deveras emocionante, em que a alegria de uma ocasião triunfante acompanhou o nervosismo provocado pelas múltiplas objectivas fotográficas, pelo desejo de se “apresentar bem”, pela própria solenidade do local da celebração (igreja), a ansiedade de chegar ao momento de festejar com quem partilhava da mesma alegria de estar a vivenciar esse dia e de desfrutar do tão anunciado “baile de finalistas”. Porém, à medida que se desenrolaram os acontecimentos estipulados, os sentimentos foram modificando, restando, finalmente, o desejo de que tudo se repetisse novamente!

Carolina Barros, 12º 3

A Bênção das Capas é, para muitos, parte de uma tradição que é necessário ser cumprida e respeitada, tendo uma afinidade religiosa. O Dia da Bênção das Capas é como uma união de todo o trabalho que vem sendo desenvolvido há 12 anos, simbolizando a passagem pelo último ano do secundário em direcção ao ensino universitário, em que o “peso” da capa é o peso da responsabilidade de terminar o 12º ano e reflectir sobre o futuro. Então em poucas palavras significa o fim de mais uma etapa.
O dia das capas foi vivido com nervosismo e entusiasmo pois esta data representa a fusão de uma etapa de sonhos, de muito trabalho e sacrifícios constituindo-se como a afirmação e a elevação de todo esse esforço. É a sensação de que vale a pena o empenho.


Tânia Perestrelo, 12º 3

A Bênção das Capas é uma cerimónia que se vem promulgando na tradição da Jaime Moniz, revelando-se um momento de expectativa e comoção para os alunos do 12º ano, e que consiste no conceder de uma graça aos finalistas, para que ao longo do seu percurso escolar, bem como ao longo da sua vida, saibam sempre fazer as escolhas mais acertadas.
A expectativa é grande para um só dia, em que as horas passam freneticamente, porém na nossa memória, fica a recordação de um momento bem passado, na companhia de familiares e amigos, assim como palavras inspiradoras para o futuro.


Sara Beatriz Silva, 12º3

Foto Álbum 1
Foto Álbum 2

O que significa o Dia da Benção das Capas?



O dia da benção das capas é o culminar de uma longa caminhada através do 10º e11º anos e também um bónus na conclusão do último ano do secundário, o 12º ano. É uma forma de celebrar com a turma os dois anos passados na escola Secundária, as aulas e os intervalos muito bem vividos.

Miguel Rodrigues 12º35

O dia da benção das capas é um dia especial na nossa caminhada de estudantes, pois é um dia sem igual. Faz -nos celebrar o facto de termos ultrapassado com sucesso um conjunto de etapas, mas também lança-nos para etapas futuras. No fundo é um dia em que se celebra o facto de se ser estudante.

Rodolfo Rodrigues 12º 9

A benção das capas é para mim um momento de reflexão. Chegando a esta fase tenho a necessidade de reflectir sobre o passado, presente e futuro. Sinto que cheguei a uma etapa académica, que me deu as bases do conhecimento para ter uma ferramenta de trabalho. Contudo na minha mente surge a ansiedade para entrar no mundo de trabalho qualificado. Porém, tenho receios. A crise que o mundo atravessa faz sentir em nós, jovens, um ânimo e algum desânimo. Por um lado, a vontade de fazer parte da mudança, por outro um medo de não conseguir vingar. Desta forma o dia da benção das capas será para mim um dia de reflexão.


Ricardo Vieira 12º 35

O Dia da Benção das Capas é muito importante por significar que nós estamos quase a acabar os nossos estudos do secundário e a entrar na universidade, para acabarmos o curso desejado.

Marisa Débora, 12º 35


O Dia da Benção das Capas é um marco muito importante na vida de qualquer estudante do Ensino Secundário. Sendo assim, é para mim extremamente difícil compreender aqueles que decidem não fazer parte desse momento único.
Os alunos devem divertir-se, conviver, orgulhar-se por terem chegado a este patamar na sua educação e, acima de tudo, festejar com responsabilidade.

Elsa Jardim, 12º 50

É um dia dedicado aos finalistas do ensino secundário, sendo assim especial para mim. No entanto, do meu ponto de vista, não é um dia muito diferente dos outros. Não é tanto a cerimónia que os finalistas anseiam o dia todo, mas sim o baile!

Heitor Vasconcelos, 12º 9

Na minha opinião, a cerimónia da bênção das capas é um marco deelevada importância para todos os que participamos nela, pois esta éum prémio ao nosso esforço, ao longo de tanto anos, desde o infantárioaté o secundário e, simultaneamente, simboliza um incentivo para osanos de estudo universitário e/ou de inserção no mundo do trabalho numfuturo próximo.
Esta é também uma marca da persistência das nossas tradiçõesregionais. Sendo estas tradições "endémicas"são um dos principaismotores do turismo na nossa região. O tradicionalismo desta cerimóniatambém é uma contraposição aos tempos actuais de cepticismo, nos quaisse obedece menos ao passado e, simultaneamente, a identidade dasregiões. O que não acho muito coerente desta cerimónia é ofacto de se realizar no início do ano lectivo, em vez de ser após aconclusão deste, pois se assim fosse, esta assemelhar-se-ia mais a umacerimónia de fim de curso universitário e, simultaneamente, serviriacomo uma maior recompensa de fim de curso para os que conseguiramconcluir o secundário.


Santiago Rodrigues Nº18 12º3


A preservação das tradições é importante, pelo que, à semelhança do que acontece há já alguns anos, os actuais alunos de 12º ano (antigamente designados por “setimanistas”) se trajam a rigor para participarem numa celebração, em que eles próprios são benzidos; isto, de uma forma relativa, traduzir-se-á no festejar de uma conquista alcançada com esforço e dedicação, sendo como que um “ritual de transição” para uma nova etapa: o ingresso no ensino superior.
De alguma forma, todos os que estão nesta situação, neste dia, se sentem orgulhosos pelo trabalho desenvolvido desde o primeiro momento, ao entrarem na escola primária até ao presente secundário, período este repleto de emoções, momentos e pessoas que marcaram a vida de cada um.
A bênção das capas constitui, portanto, a recompensa, o momento em que finalmente se colhem os frutos do árduo trabalho escolar desenvolvido sempre na expectativa de um futuro promissor!


Carolina Barros, 12º 3



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Foto Álbum 2

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Recriação













" O desenho educa o olhar, ordena a sensibilidade, exponencia a imaginação criadora e estabelece a possibilidade de comunicação e entendimento, ao autor, das suas próprios ideias, ao observador, o experimentar conceptualizado da própria acção de desenhar, bem como uma evidência imediata do que está desenhado."

Ana Leonor M. Madeira Rodrigues, Desenho, Lisboa, Editorial Estampa, 2000




Álbum 12.21- Oficina de Artes

XVII Festival Regional de Teatro Escolar Carlos Varela



« Uma linguagem é um sistema de signos, isto é, um conjunto de factos perceptíveis, servindo intencionalmente e convencionalmente para evocar, de uma maneira fixa, conteúdos de pensamento a transmitir.[...] Mas convém estabelecer uma substancial diferença entre significar, evocar e sugerir. Só há linguagem, a bem dizer, se existe uma significação codificada, em que certos elementos sensíveis querem dizer regularmente qualquer coisa.»

Souriau, Anne, in Souriau, etiennne, vocabulaire d´Esthétique, Paris, Puf; 1990