quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Consenso de Copenhaga de 2004





Atendendo aos problemas que atingem a nossa sociedade a nível global, o que devemos fazer e com que prioridade? Esta resposta é obtida através de um processo chamado Consenso de Copenhaga.
Para este Consenso foi convidado um painel de economistas de grande nível, que incluía quatro laureados com o Prémio Nobel. Fez-se então a primeira lista de sempre a explicitar as prioridades globais de acordo com o benefício adquirido por cada dólar gasto.
1-doenças
2-má nutrição
3-Saneamento e água potável
4-emigração
5-clima

A nossa primeira revista abordará as temáticas das doenças, má nutrição, saneamento e água potável; a segunda revista centrar-se-á na emigração e a última contemplará o clima.
No processo chamado Consenso de Copenhaga, os peritos não se limitaram a dizer que as soluções traziam benefícios. Mostraram exactamente quanto bem é que faria e quanto iria custar. Tiveram em conta o benefício trazido pelo protocolo de Kyoto para cada um dos impactos positivos sentidos na agricultura, nas florestas, nas pescas, no abastecimento de água, nos danos causados por furacões e assim por diante. Calcularam os custos através das perdas de produção. Para as soluções contra a malária, os efeitos positivos seriam menos mortes, menos doentes, menos pessoas a faltar ao emprego, populações mais resistentes em relação a outras doenças, bem como a um aumento da população. Os custos seriam a quantia de dólares gastos para comprar, distribuir e usar redes contra mosquitos.

Algumas das principais prioridades também correspondem a alguns dos principais factores de risco identificados pela Organização Mundial de Saúde. Prevenir o HIV/SIDA revela-se o melhor investimento que a humanidade pode fazer: cada dólar gasto em preservativos e em informação gerará cerca de quarenta dólares em benefício social, o valor de menos mortes, menos doentes, menos distúrbios sociais, entre outros. Com vinte e sete biliões de dólares podemos salvar vinte e oito milhões de vidas durante os próximos anos.
A má nutrição mata quase quatro milhões de pessoas por ano e afecta mais de metade da população mundial ao danificar a visão, diminuir o QI, reduzir o desenvolvimento e limitar a produtividade do ser humano. Investir doze biliões de dólares conseguirá provavelmente reduzir para metade a incidência e a taxa de mortalidade, com cada dólar a trazer o benefício social equivalente a mais de trinta dólares.
Acabar com os subsídios agrícolas do Primeiro Mundo e assegurar um comércio justo faria com que quase toda a gente ficasse muito melhor. Os modelos sugerem que seriam alcançáveis benefícios anuais até 2,4 triliões de dólares, com metade desses benefícios a nascer no Terceiro Mundo. Para alcançar estes resultados seria necessário recompensar os agricultores do Primeiro Mundo, que estão habituados aos benefícios de um mercado fechado. Mas os benefícios de cada dólar gasto constituiriam um bem social equivalente a mais de quinze dólares.
Por fim, a malária é responsável pela perda de mais de um milhão de vidas anualmente. Infecta cerca de dois biliões de pessoas em cada doze meses, muitas delas várias vezes, e provoca debilitação generalizada Um investimento de treze biliões de dólares poderia reduzir a sua incidência para metade, proteger 90 por cento dos recém-nascidos e reduzir em 72% o número de mortes de crianças abaixo dos cinco anos. Por cada dólar gasto faríamos, pelo menos, o equivalente a dez dólares de benefício social.
Na outra ponta do espectro, o painel colocou as oportunidades relativas às alterações climáticas, incluindo Protocolo Kyoto, no fundo, sob o título “Mais oportunidades” sublinhando o que vimos anteriormente, que por cada dólar gasto acabaríamos por conseguir um benefício para o mundo equivalente a menos de um dólar.
O desafio inicial não foi colocado apenas a economistas de topo, também perguntaram a oitenta jovens estudantes universitários de todo o mundo, 70% dos quais de países em desenvolvimento, com uma representação igual em ambos os sexos e que vinham de artes, ciências e ciências sociais. O mesmo foi feito aos embaixadores das Nações Unidas. Vamos saber a resposta na próxima revista
In Calma ! - Cool It
António Freitas - 520

Protocolo de Kyoto


Muitos já devem ter ouvido falar no Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, com o objectivo de reduzir aproximadamente 5% da emissão dos gases com efeito de estufa. Desta forma foram colocados valores de emissão para cada país (licença de emissão de gases). Quando um país atinge o máximo, deve comprar aos países que ainda não o atingiram. Na minha modesta opinião, o tratado de Kyoto foi o ponto de partida para os governos ganharem dinheiro às custas dos gases com efeitos de estufa reclamando o aquecimento global. Neste momento, quem tem um carro que emita mais gases efeitos de estufa, paga mais! Eu pergunto: O que fazem com esse dinheiro que é pago mais contra o aquecimento global? São plantadas mais árvores para reciclar o CO2?

António Freitas -520

Saneamento Básico e Água Potável







Saneamento Básico, água potável

De origem latina, as palavras saneamento (sanus) e potável (potare) implicam os conceitos de são (saudável) e de bebível. Assim, está implícito nas próprias palavras que, para mantermos a integridade do planeta e a do nosso corpo, temos de garantir níveis de saneamento / salubridade e potabilidade da nossa água e dos nossos esgotos.
Como todos sabemos, o corpo humano é constituído por 70 a 75% de água e sem este elemento alguns órgãos deixariam de funcionar. Além da água ingerida como e através de bebidas, cerca de 40% desta é absorvida pelo corpo por meio dos alimentos, tais como os legumes e a fruta (a alface e a melancia, por exemplo, contêm entre 95 a 92% de água).
Deste modo, se a água que utilizamos quer para aliviar a sede quer para regar os alimentos não tiver a qualidade necessária, esses elementos serão igualmente afectados e, consequentemente, o corpo humano, que os ingere. Esta é, indubitavelmente, um dos veículos mais comuns de transmissão de doenças.
O corpo tentará, então, metabolizar a poluição inconscientemente ingerida, os rins filtrarão tudo, a bexiga acumulará e eliminará o que é possível, contudo, pode haver a aglomeração de sujidade, de gordura nas veias, vasos entupidos, “pedras” renais, etc., resultantes de um mau funcionamento dos órgãos internos.
A água pura não existe no seu estado natural, uma vez que, se atendermos ao facto de que, a chuva arrasta consigo poeiras, oxigénio e gás carbónico, podendo ainda absorver os fumos que existem sobretudo nas zonas urbanas e suburbanas.










Doenças de veiculação hídrica

As impurezas que a água veicula podem ser agentes biológicos patogénicos, dos quais são oriundas doenças entéricas, como a cólera, a febre tifóide e paratifóide, as desinterias bacilar e amebiana e as hepatites A e E, entre outras. Além destas, ela pode ainda fazer proliferar parasitas e artrópodes vectores de doenças como o sezonismo (ou paludismo), a febre amarela, o dengue, a filariose e a tripanosomíase (doença do sono), entre as demais.
As doenças relacionadas com a qualidade química da água são igualmente uma realidade. Assim, o excesso de chumbo origina o saturnismo; o de nitratos, a meta-hemoglobinemia; o défice de flúor, as cáries dentárias; o de iodo, bócio endémico. O zinco, o arsénio, o selénio, o mercúrio, o cádmio e outras substâncias químicas tornam-na tóxica.
É necessário que atentemos nos factos de que os produtos poluentes podem ser absorvidos pelo Homem quer por meio da ingestão, quer por contacto com a pela e mucosas, através da higiene corporal, quer através da preparação dos alimentos, e de que há também o risco de contagio dessas mesmas doenças de veiculação hídrica por meio de insectos vectores.
Deste modo, concluímos que a água para uso doméstico não deve conter agentes biológicos patogénicos, substâncias tóxicas, nem quantidades excessivas de substâncias orgânicas e materiais. Deve antes ser límpida e incolor, sem sabor ou odor desagradável, insípida e inodora.







Tratamento doméstico da água

Existem métodos de purificação e desinfecção da água que podemos utilizar em casa, nomeadamente, a ebulição (fervura a 100⁰ centígrados, durante 20 minutos); a desinfecção química (iodo, cloro e os seus derivados – duas gotas de iodo a 2%, por exemplo, são suficientes para desinfectar 1 litro de água) e a filtração, que é utilizada sobretudo na retenção de impurezas. Embora a sua capacidade seja limitada e dependa do tipo de filtro utilizado, esta deve ser a primeira medida utilizada.

Em suma, deverá beber a água apenas se esta for tratada ou fervida e deve evitar tomar banho em poços, lagoas ou rios, visto que a água não tratada é um excelente veículo de parasitas, vírus e bactérias, o que pode submeter o corpo a doenças graves e até fatais.


Micaela Martins - grupo 300

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

2009 - Ano Internacional da Astronomia

Como já devem ter notado, ao passar pelo corredor dos laboratórios de FQ, 2009 foi proclamado o Ano Internacional da Astronomia (AIA2009). Esta iniciativa teve como base uma proposta do governo italiano apresentada à Unesco em 2005. Em 2006, a UAI fez esta proposta à Organização das Nações Unidas (ONU), e foi aceite a 20 de Dezembro de 2007 pela Assembleia Geral da ONU.
As motivações para a organização deste evento, à escala planetária, estão bem expressas no texto do UAI que em baixo se transcreve:

“O Ano Internacional da Astronomia 2009 será uma celebração global da astronomia e da sua contribuição para a sociedade e para a cultura, estimulando o interesse a nível mundial não só na astronomia, mas na ciência em geral, com particular incidência nos jovens. O AIA2009 assinala o passo de gigante que constituiu a primeira utilização do telescópio para observações astronómicas por Galileu, e retracta a astronomia como uma iniciativa científica pacífica que une os astrónomos numa família internacional e multicultural, trabalhando em conjunto para descobrir as respostas para algumas das questões mais fundamentais para a Humanidade. O AIA2009 é, antes de mais nada, uma actividade para os cidadãos do Planeta Terra. Pretende transmitir o entusiasmo pela descoberta pessoal, o prazer de partilhar conhecimento sobre o Universo e o nosso lugar nele e a importância da cultura científica. (…)”

É, portanto, uma iniciativa que visa um estreito contacto e ligação entre as comunidades astronómicas (ditas) profissionais e amadoras e entre estas e o público em geral. Uma atenção especial deverá ser dada aos públicos mais jovens e estudantes.


Assim, durante o próximo ano irão ser realizados inúmeros trabalhos no âmbito da Astronomia, dos quais destacamos, a nível nacional:
Noite de Astronomia
Palestras
Workshop (WS) sobre Astronomia nas Escolas
Concurso Astronomia Artística
Concurso nacional de observação astronómica
Exposição “Passado, Presente e Futuro da Astronomia Portuguesa”
E agora eu sou Galileu
Sessão de Planetário
Rede de contactos


E a nível regional:
O céu estrelado existe! – Quão bem consegues ver as estrelas a partir da tua casa? Esta iniciativa serve para chamar a atenção sobre a poluição luminosa e a forma como poderemos poupar luz tornando o céu mais escuro.

EscoLAI’s – Esta iniciativa de nome estranho funde as palavras “Escolas” e “LAI”. Esta última é mais uma sigla: Laboratório de Astronomia e Instrumentação. Em muitas segundas-feiras de 2009 haverá workshops “Astronomia Hands-On” onde os alunos da RAM terão oportunidade de investigar o que sempre quiseram saber sobre o Universo.

Astronomia na Comunidade Funchalense – Correremos o Funchal de lés-a-lés para apresentar documentários aliciantes, palestras sobre a Astronomia e sessões de observação.

P’ra lá do céu – Esta iniciativa foi proposta pela Escola Básica e Secundária da Calheta (Grupo de Físico-Química). Todas as freguesias do concelho da Calheta serão contempladas com uma sessão de observação nocturna em noites de Lua em Quarto Crescente (ou perto). Mas não será só a Lua o objectivo das sessões.

Rádi’olh’o-meteoro – Vamos aproveitar as mais brilhantes chuvas de meteoros do ano de 2009 para realizar observações junto à Casa do Areeiro (na Achada Grande, abaixo do Pico do Areeiro). Vamos usar binóculos, telescópios e a grande novidade: antenas rádio!!!

O nosso grupo de Área de Projecto tem como principal objectivo relacionar a Astronomia com a Química. Deste modo, vamos estar inseridos nos eventos regionais do AIA2009. Assim, temos em mente realizar exposições, eventos, jogos aliciantes de Astronomia, e ainda palestras sobre as nossas descobertas mais interessantes!

Mais concretamente, o nosso trabalho estará relacionado com o projecto “Phoenix Mars Mission” uma sonda espacial que aterrou no planeta Marte (no pólo Norte) e estudou a história geológica da água nesse planeta, e da possível existência, presente ou passada, de compostos orgânicos que possam originar formas simples de vida (e sim, existe mesmo água em Marte!)
Ao longo do ano, iremos abordar os mais recentes feitos e descobertas desta maravilha científica, e abrir os olhos dos espectadores sobre pequenos detalhes que poderão ter um impacto enorme no futuro da Astronomia.

Por tudo isto, decidimos inserir a Comunidade escolar no nosso projecto, e esperamos avidamente que as nossas vozes ecoem no maior número de mentes possível, dando azo ao interesse pela Astronomia e pela Ciência em geral. Contamos com a vossa colaboração e interesse. Venham conhecer melhor a Astronomia!






Se quiseres obter mais informações ou saber mais sobre o AIA2009, consulta o site:
http://www.astronomia2009.org/ (nacional)
http://www.uma.pt/aia09 (regional)
Fica também atento aos placards para poderes fazer parte desta iniciativa!
Ana Catarina da Silva 12º04
Diogo Narciso Gomes 12º04
Mihran Portugalyan 12º04