No dia 27 de Fevereiro do corrente ano, esteve na nossa Escola, o Mestre João Manuel de Lemos Baptista, presidente da Associação de Investigação Científica do Atlântico, que veio abordar a temática do turismo na Madeira, destinada aos alunos do 12º Ano da Área Projecto, principalmente aos 5 grupos que estão a desenvolver projectos sobre o Turismo na Madeira.
O Dr. João Lemos Baptista começou por abordar o Passado do Turismo, referindo que ” O Turismo na Madeira tem vários séculos de existência. Nos séculos XVIII e XIX, a Ilha é destacada pelas qualidades do clima e dos seus efeitos terapêuticos, passando a constar nos guias médicos internacionais do século XIX. A Madeira é vista como “clínica” para curar doenças como a tísica pulmonar e a tuberculose. Durante a 2ª Guerra Mundial os fluxos turísticos diminuíram no Porto do Funchal, conduzindo ao encerramento dos hotéis e da linha-férrea do Funchal. Com a inauguração do aeroporto do Funchal em 1964, inicia-se um novo ciclo: voos domésticos, internacionais e “charters”, o que provocou maior afluência de turistas.
A 15 de Setembro de 2000, o aeroporto torna-se intercontinental, sendo um marco determinante para a Madeira em geral e para o Turismo em particular. Assiste-se a um maior fluxo de turistas para a Região”.
O Professor João Lemos Baptista apresentou dados relativos a 1976 e a 2007, como forma de explicar a evolução do fenómeno turístico na Região:
O Dr. João Lemos Baptista começou por abordar o Passado do Turismo, referindo que ” O Turismo na Madeira tem vários séculos de existência. Nos séculos XVIII e XIX, a Ilha é destacada pelas qualidades do clima e dos seus efeitos terapêuticos, passando a constar nos guias médicos internacionais do século XIX. A Madeira é vista como “clínica” para curar doenças como a tísica pulmonar e a tuberculose. Durante a 2ª Guerra Mundial os fluxos turísticos diminuíram no Porto do Funchal, conduzindo ao encerramento dos hotéis e da linha-férrea do Funchal. Com a inauguração do aeroporto do Funchal em 1964, inicia-se um novo ciclo: voos domésticos, internacionais e “charters”, o que provocou maior afluência de turistas.
A 15 de Setembro de 2000, o aeroporto torna-se intercontinental, sendo um marco determinante para a Madeira em geral e para o Turismo em particular. Assiste-se a um maior fluxo de turistas para a Região”.
O Professor João Lemos Baptista apresentou dados relativos a 1976 e a 2007, como forma de explicar a evolução do fenómeno turístico na Região:
1976
Estabelecimentos turísticos 91
Camas 9 716
Pessoal ao serviço 3 675
Hóspedes entrados na Região 265 582
Dormidas 1 947 611
Taxa de ocupação 52.5 %
Fonte: Direcção Regional de Estatística
Estabelecimentos turísticos 91
Camas 9 716
Pessoal ao serviço 3 675
Hóspedes entrados na Região 265 582
Dormidas 1 947 611
Taxa de ocupação 52.5 %
Fonte: Direcção Regional de Estatística
2007
Empreendimentos Turísticos 312
Camas 29 661
Pessoal ao serviço ~ 8 000
Hóspedes entrados 903 682
Dormidas 5 621 262
Taxa de ocupação média 62%
Receitas Turísticas 190 Milhões de euros
Fonte: Direcção Regional de Estatística
Empreendimentos Turísticos 312
Camas 29 661
Pessoal ao serviço ~ 8 000
Hóspedes entrados 903 682
Dormidas 5 621 262
Taxa de ocupação média 62%
Receitas Turísticas 190 Milhões de euros
Fonte: Direcção Regional de Estatística
A nível do presente evidenciou os cruzeiros como segmento muito importante para a economia da Madeira expondo alguns dados.
“Os passageiros em trânsito nos Portos da Região atingiram os 300 mil em 2007; No dia 14 de Janeiro de 2008, atracaram no Porto do Funchal 3 navios que totalizaram 6.500 turistas”. Nesta perspectiva sugeriu que “seria importante ampliar o Porto em mais 200 a 300 metros. Isto porque, não podemos esquecer que este segmento está em expansão em todo o mundo e que os paquetes são cada vez mais compridos. Gostaria também de ver um comboio turístico a fazer a ligação entre Porto e o Centro da Cidade”.
Quanto ao futuro o Professor João Lemos Baptista sugeriu que: “é necessário equilibrar o sector ao longo do ano, como forma de rentabilizar os investimentos públicos e privados, esbatendo a sazonalidade e diversificando a oferta; É urgente criar uma rede de levadas e incluí-las nos circuitos turísticos de montanha/natureza; Seria importante a constituição de uma empresa para gerir as levadas e veredas da Madeira, que prima pela segurança, acompanhamento por guias com formação específica, socorrista e dispor de trabalhadores encarregues da manutenção dos percursos e preparar uma candidatura das Levadas a Património Construído Mundial da UNESCO”. Referiu ainda que “seria importante para a Madeira integrar o Turismo como disciplina no ensino do 3º Ciclo e/ou do Secundário, promovendo uma cultura do turismo na sociedade madeirense e deste modo sensibilizar mais os jovens para as actividade turística, bem como é urgente efectuar a inventariação dos bens culturais em cada concelho e respectiva identificação e por fim, elaborar cartas municipais do património e uma carta regional, criando novos roteiros turísticos, de acordo com as novas acessibilidades”.
No tocante às sugestões disse também que era fundamental para a economia da Região “criar uma rede de campos de golfe e uma empresa para os gerir, rentabilizando assim os investimentos. Pois o golfe terá de ser visto como uma base de sustentação do negócio turístico na Madeira e no Porto Santo; Construir novos museus fora do Funchal, nomeadamente, o Museu do Turismo, o Museu dos Transportes e o Museu da História da Madeira; Criar novos circuitos turísticos marítimos, valorizando o mar e rentabilizando os investimentos das Sociedades de Desenvolvimento e construir mais miradouros e melhorar as condições dos existentes”; Seria importante para o sector do Turismo a criação de Áreas Protegidas em todos os concelhos da Madeira, preservando os vários elementos biológicos e geológicos, com o objectivo de:
- Elaborar novos itinerários turísticos ligados à Natureza, em que cada parque e/ou área protegida disporia de um guia com formação adequada a esses espaços e serviços de apoio
- Valorizar e divulgar mais os recursos turísticos naturais que a Região dispõe;
- Promover de forma significativa o turismo ecológico e o geoturismo.
“Os passageiros em trânsito nos Portos da Região atingiram os 300 mil em 2007; No dia 14 de Janeiro de 2008, atracaram no Porto do Funchal 3 navios que totalizaram 6.500 turistas”. Nesta perspectiva sugeriu que “seria importante ampliar o Porto em mais 200 a 300 metros. Isto porque, não podemos esquecer que este segmento está em expansão em todo o mundo e que os paquetes são cada vez mais compridos. Gostaria também de ver um comboio turístico a fazer a ligação entre Porto e o Centro da Cidade”.
Quanto ao futuro o Professor João Lemos Baptista sugeriu que: “é necessário equilibrar o sector ao longo do ano, como forma de rentabilizar os investimentos públicos e privados, esbatendo a sazonalidade e diversificando a oferta; É urgente criar uma rede de levadas e incluí-las nos circuitos turísticos de montanha/natureza; Seria importante a constituição de uma empresa para gerir as levadas e veredas da Madeira, que prima pela segurança, acompanhamento por guias com formação específica, socorrista e dispor de trabalhadores encarregues da manutenção dos percursos e preparar uma candidatura das Levadas a Património Construído Mundial da UNESCO”. Referiu ainda que “seria importante para a Madeira integrar o Turismo como disciplina no ensino do 3º Ciclo e/ou do Secundário, promovendo uma cultura do turismo na sociedade madeirense e deste modo sensibilizar mais os jovens para as actividade turística, bem como é urgente efectuar a inventariação dos bens culturais em cada concelho e respectiva identificação e por fim, elaborar cartas municipais do património e uma carta regional, criando novos roteiros turísticos, de acordo com as novas acessibilidades”.
No tocante às sugestões disse também que era fundamental para a economia da Região “criar uma rede de campos de golfe e uma empresa para os gerir, rentabilizando assim os investimentos. Pois o golfe terá de ser visto como uma base de sustentação do negócio turístico na Madeira e no Porto Santo; Construir novos museus fora do Funchal, nomeadamente, o Museu do Turismo, o Museu dos Transportes e o Museu da História da Madeira; Criar novos circuitos turísticos marítimos, valorizando o mar e rentabilizando os investimentos das Sociedades de Desenvolvimento e construir mais miradouros e melhorar as condições dos existentes”; Seria importante para o sector do Turismo a criação de Áreas Protegidas em todos os concelhos da Madeira, preservando os vários elementos biológicos e geológicos, com o objectivo de:
- Elaborar novos itinerários turísticos ligados à Natureza, em que cada parque e/ou área protegida disporia de um guia com formação adequada a esses espaços e serviços de apoio
- Valorizar e divulgar mais os recursos turísticos naturais que a Região dispõe;
- Promover de forma significativa o turismo ecológico e o geoturismo.
Mestre João Baptista
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