sábado, 11 de dezembro de 2010

Como escolher o restaurante para este Natal?



Aqui vai uma história exemplificativa:

Um grupo de amigos de 40 anos discutiam e discutiam para escolher o restaurante onde iriam encontrar-se para o jantar de Natal.
Finalmente decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque as empregadas usavam mini-saias e blusas muito decotadas.

10 anos mais tarde, aos 50 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma vez discutiram e discutiram para escolher o restaurante. Finalmente decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque a comida era muito boa a havia uma óptima selecção de vinhos.

10 anos mais tarde, aos 60 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma vez discutiram e discutiram para escolher o restaurante. Finalmente decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque ali podiam comer em paz e sossego e havia sala de fumadores.

10 anos mais tarde, aos 70 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma vez discutiram e discutiram para escolher o restaurante. Finalmente decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque lá havia uma rampa para cadeiras de rodas e até um pequeno elevador.

10 anos mais tarde, aos 80 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma vez discutiram e discutiram para escolher o restaurante. Finalmente decidiram-se pelo Restaurante Tropical. Todos acharam que era uma grande ideia porque nunca lá tinham estado antes.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O problema dos cálculos com números



Com este texto pretendo sustentar a tese do professor Rolando Almeida no âmbito deste tema “Desventuras do ensino no século XXI”, com exemplos da dificuldade dos alunos em trabalharem com números na disciplina de Físico-Química, tendo em conta as seguintes ideias:

“1- A criança só aprende aquilo que é do seu desejo aprender.

2 - É a criança que deve decidir sobre o que deseja aprender.

Logo, toda a aprendizagem deve ser centrada na criança e no seu desejo.”

Rolando Almeida

À semelhança do que defende o professor, reforço o seguinte: estas ideias erradas contribuem para o baixo desempenho dos alunos, em particular nas ciências físicas.

A Física-Química e a Matemática têm uma função estruturante na formação dos nossos alunos. Por força do objecto em estudo, a Física-Química estabelece uma ligação entre o mundo abstracto dos modelos matemáticos e o mundo real [1]. A resolução de problemas exige técnicos com capacidade de trabalhar com números aliada ao conhecimento dos conceitos Físico-químicos. A dificuldade em trabalhar com números constitui um problema no ensino.

É sabida a dificuldade e a desmotivação dos alunos na disciplina de Física e Química. Atribuem como principais razões “ a natureza difícil das matérias, a dependência destas ciências em relação à matemática e as dificuldades de aplicar os conhecimentos na resolução de problemas.” [2]. Por outro lado, por falta de tempo, os professores não dão o devido tempo ao cálculo com unidades.

Todos os anos são realizados Exames Nacionais do Ensino Secundário - Físico-Química A. Segundo o Ministério da Educação «estes são instrumentos de avaliação sumativa externa no Ensino Secundário. Nos últimos cinco anos, as classificações médias do Exame Nacional à disciplina de Físico e Química A têm sido insuficientes, como podemos ver pela tabela 1, a média destes anos é de (82 ± 4) pontos, numa escala de 0 a 200 pontos [3].

Ano

2006

2007

2008

2009

2010

Nº de provas realizadas

19963

28209

31760

36601

34157

Classificação média Nacional

74

72

93

84

86

Tabela 1 – Evolução da classificação à disciplina de Física e Química A no exame Nacional. Escala de 0 a 200 pontos.

Embora não haja um conhecimento profundo das causas inerentes a este insucesso, quem contacta com os alunos conhece as suas dificuldades, em particular:

  • não dominam o cálculo algébrico;
  • aplicam a “regra de três” indiscriminadamente;
  • realizam cálculos sem unidades nas etapas intermédias;
  • não sabem converter unidades;
  • apresentam os resultados finais sem unidades;
  • não utilizam os prefixos na conversão de unidades;
  • não sabem utilizar a representação científica de um número;
  • têm a ideia errada de que é preciso saber muitas fórmulas de cor.

Será fácil resolver estas dificuldades?

Aparentemente esta questão seria fácil de resolver. Bastaria disponibilizar professores para apoiar os alunos com baixo desempenho a esta disciplina. Foi o que aconteceu na maioria das escolas da Região Autónoma da Madeira. Em 2006, a Direcção Regional de Educação (DRE) reforçou o número de professores de Física e Química para apoiar os alunos com desempenho insuficiente, assim como preparação para os Exames Nacionais.

A experiência ensina-nos que a implementação de sessões de dúvidas em regime de frequência voluntária não resolve o problema dos alunos com dificuldade no cálculo. Só os melhores e com menos dificuldades frequentam-nas, com algumas excepções. Quando fui professor noutras escolas e contactei com esta realidade fiquei chocado. Depois verifiquei outra contradição. Além de alguns alunos recusarem a sua frequência, alguns pais também não concordaram com este apoio. Como é sabido, sem o apoio dos pais não há sucesso educativo.

A ideia de que não se deve contrariar os alunos com o treino com contas “porque ele não gosta e está casado”; ou que os “professores não sabem motivar “ ou as “questões são descontextualizadas” (questões abstractas) vai passando para a sociedade e toma formas sofisticadas. Estas são embrionárias nos tópicos apresentados (1 e 2) professor Rolando Almeida (Quinta-feira, 4 de Novembro de 2010). Por outro lado, existe uma ideia errada no ensino de que “a motivação é a base de todo o estudo e de toda a escola; o ensino falha quando falha a motivação” [4].

Sem a vontade e o querer dos alunos e sem o apoio dos pais, qual o papel dos professores?

Jorge Gouveia

Professor do grupo 510, Físico e Química

Referências bibliográficas

[1] Mikhail Benilov, “Para quê estudar Física?” Revista do Diário de Notícias da Madeira, 24 a 30 Junho de 2007.

[2] Anabela Martins e Décio Martins. (2003), Livro Branco da Física e da Química – Opiniões dos Estudantes –, Gazeta da Física, Vol. 28, Fasc. 3, Julho 2005.

[3] GAVE, Gabinete de Avaliação Educacional, Ministério da Educação http://www.gave.min-edu.pt/, 12 de Julho 2010.

[4] Nuno Crato, ett. All., O valor de educar, o valor de instruir, Questões-Chave da Educação, Fundação Francisco Manuel dos Santos, Outubro de 2010.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Maria Aurora Carvalho Homem



Provavelmente a figura mais conhecida da televisão madeirense, Maria Aurora Carvalho Homem nasceu em 1937 em Sátão, distrito de Viseu. Veio residir para a Madeira em 1974.
Foi docente da Escola Secundária Jaime Moniz e da Escola Básica dos 2º e 3º ciclos dos Louros. Exerceu jornalismo e animação cultural. Foi jornalista de "A Capital" e "Diário de Lisboa" e colaboradora das revistas "Flama" e "TV Notícias".
Fundou "A Mosca", chefiou a redacção do Jornal "A Nossa Terra", de Cascais, foi assistente literária da RDP e assessora cultural do Departamento de Cultura da Câmara Municipal do Funchal.
Foi autora e apresentadora de diversos programas da RTP Madeira, nomeadamente do "Atlântida", programa destinado essencialmente para as comunidades emigrantes, tendo feito um edição em directo a partir da Escola Secundária Jaime Moniz.
Tem diversas obras publicadas na área da poesia, ficção, crónica e infantil. Foi distinguida com a Medalha da Cidade do Funchal.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Obituário: Fernando Augusto dos Santos Guimarães (1954 – 2010)



Nasceu a 12 de Janeiro de 1954 na pequena cidade de Santa Cruz da Graciosa, nos Açores. Mais tarde, e porque o se pai era militar, foi para Moçambique onde, na cidade de Nampula, fez os seus estudos. Foi também neste país e na cidade de Maputo que, a 5 de Maio de 1975 na Escola Industrial Mouzinho de Albuquerque, iniciou a sua vida como professor.
Em 1977, vem para Portugal, onde lecciona um ano em Vila Real e, entre 1978 e 1980, cumpre o serviço militar.
Vem para a Madeira em 1980. Em Outubro desse ano começa a leccionar Matemática na Escola Secundária Jaime Moniz e é nesta escola que se mantêm até 2000, tendo sido vogal do Conselho Executivo de 1987 até 1995. A 7 de Janeiro de 1993 recebe, juntamente com os elementos do Conselho Directivo da altura, um louvor da Directora Regional da Educação “pela forma dedicada com que colaborou na resolução dos problemas educativos e no lançamento da reforma educativa”. Em 1993 e em 1994 foi coordenador das unidades capitalizáveis e em 1995 e 1996 presidiu à comissão do curso liceal nocturno do ensino recorrente. Em 1997 é requisitado para a Escola Secundária APEL onde se mantém a leccionar Matemática até 2000. Nesse ano é colocado, em comissão de serviço e como Director de Serviços Humanos, no Conservatório Escola de Artes Dr. Peter Clode, onde se mantém até ao seu falecimento em 31 de Agosto do presente ano.
No voto de pesar enviado à sua família em nome da Escola Secundária Jaime Moniz, o director, Dr. Jorge Moreira, salientou a competência e dedicação do professor Fernando Guimarães, “bem como as suas excepcionais qualidades humanas”.
Graça Correia, Matemática

Colega e amigo Guimarães.



Dizem que o Tempo, ou a falta dele, é o responsável pelo afastamento de quem nesta vida se cruzou e se afastou por imperativos desse destino, responsável, para não indicar outro, por sentirmos o vazio deixado pelo Amigo a quem não teremos dito tudo.
Fui surpreendida há dias com a notícia, primeiro da doença, depois da morte desse tão afectuoso colega e amigo Guimarães.
Os que tiveram o privilégio do seu convívio sabem o quão generoso e humano era, sempre pronto a ajudar os seus pares, nunca se furtando a uma palavra amiga, a gestos que não deixavam indiferentes os que dele necessitavam. Pertenceu ao Conselho Directivo da Escola e as suas competências, por todos reconhecidas, levaram-no para outro estabelecimento. Não deixámos de nos ver e era sempre com o sorriso rasgado que deixava as pessoas com quem estava a falar para me vir dar um abraço fraterno.
Como tenho pena de não ter aproveitado mais e melhor o ser que tu representavas! Esse é o verdadeiro drama dos que ficam, o sentimento inexorável de perda.
Onde quer que estejas devolvo a amizade que me tiveste e abraço-te fortemente, acreditando que ainda estás na porta da Direcção, cumprimentando-me com uma expressão sempre meiga que tornava os meus dias mais leves e agradáveis.

Fátima Marques. Grupo 300

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Bênção das capas


Para alguns este é apenas mais um dia da sua vida académica, para mim, o dia 30 de Novembro significa algo mais... representa que uma grande etapa da nossa vida está cumprida e que outra também de enorme importância nos espera. É um dia importante, carregado de sentimentos, cheio de surpresas e de inúmeras novidades que ficam para sempre no nosso álbum de recordações... é um dia para sempre recordar, um dia que por certo jamais esquecerei.
Maria João


Para mim, o Dia da Benção das Capas marca um momento muito importante na vida dos estudantes que é o ano final do secundário, o 12º ano. E, assim, antecede outra altura muito significativa que é a Universidade, para alguns, e a entrada no mercado de trabalho para outros.
Carmen Caires


Para mim o dia da Benção das Capas significa o fecho de mais um ciclo, um ciclo fundamental que acabamos ou estamos próximo de acabar e que se tornará importantíssimo para o nosso futuro profissional, é também um prémio ao nosso esforço e dedicação ao longo de todos estes anos de estudo.
João Santos


A bênção das capas que decorrerá já no próximo dia 30 de Novembro não é um acontecimento qualquer, é a celebração que marca o fim e o início de etapas da nossa vida. Em primeiro lugar marca o fim do secundário onde terão que ser tomadas decisões para a nossa vida futura. E em segundo lugar marca o início da vida académica o que requer uma maior maturidade. Com certeza é um dia muito importante para um aluno que frequenta o 12º ano pois permite que o esforço do aluno ao longo dos anos seja recompensado, com o reconhecimento de toda a sociedade.
Sandra Correia


A Benção das Capas representa para muitos o terminar de um ciclo e o começo de um outro, a vida universitária. Quanto a mim, é um dia que considero algo importante, sobretudo porque é tradição na nossa escola. Contudo, devo dizer que apesar de todo o significado que pode ter este dia, eu considero que é apenas mais um marco na nossa vida académica, com alguma importância, sim, mas o facto é que quem quer continuar o percurso académico não necessita de um ritual, digamos, como este para sentir orgulho por ter chegado ao fim do secundário. Assim, este não é um dia que eu tenha idealizado há muito. Vou participar na Benção das capas mas ao contrário de muitas pessoas não acho que seja algo assim de tão importante ou "mágico", quase. É um dia que vou recordar mas que penso que não vai fazer parte das melhores recordações da minha vida académica. No entanto, eu não censuro, de modo algum, quem sempre sonhou com este dia pois apesar de tudo sei reconhecer a importância que tem para algumas pessoas e o orgulho que é para os pais os filhos estarem a acabar o liceu.
Sofia Gomes


O dia das capas para mim é muito importante, significa muito, pois é o fim do meu percurso escolar no ensino secundário. Lutei muito para que este dia acontecesse. Agora vejo que todo o esforço feito até agora valeu a pena, vai ser compensado com esta benção.
Débora Santos

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Este país não é para corruptos


Em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer.


Que Portugal é um país livre de corrupção sabe toda a gente que tenha lido a notícia da absolvição de Domingos Névoa. O tribunal deu como provado que o arguido tinha oferecido 200 mil euros para que um titular de cargo político lhe fizesse um favor, mas absolveu-o por considerar que o político não tinha os poderes necessários para responder ao pedido. Ou seja, foi oferecido um suborno, mas a um destinatário inadequado. E, para o tribunal, quem tenta corromper a pessoa errada não é corrupto - é só parvo. A sentença, infelizmente, não esclarece se o raciocínio é válido para outros crimes: se, por exemplo, quem tenta assassinar a pessoa errada não é assassino, mas apenas incompetente; ou se quem tenta assaltar o banco errado não é ladrão, mas sim distraído. Neste último caso a prática de irregularidades é extraordinariamente difícil, uma vez que mesmo quem assalta o banco certo só é ladrão se não for administrador....
O hipotético suborno de Domingos Névoa estava ferido de irregularidade, e por isso não podia aspirar a receber o nobre título de suborno. O que se passou foi, no fundo, uma ilegalidade ilegal. O que, surpreendentemente, é legal. Significa isto que, em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer. É preciso saber fazer as coisas bem feitas e seguir a tramitação apropriada. Não é acto que se pratique à balda, caso contrário o tribunal rejeita as pretensões do candidato. "Tenha paciência", dizem os juízes. "Tente outra vez. Isto não é corrupção que se apresente."

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Desventuras do ensino no século XXI

Neste meu curto ensaio vou procurar expor e refutar alguns aspectos de um argumento que tem sido central no sistema educativo português, o de que o ensino deve ser centrado no aluno. Em alternativa, vou defender que o ensino deve ser centrado nos conteúdos e que essa é a forma de tornar uma sociedade mais igual, com igual acesso ao conhecimento.
Para mim é preliminar assentir que o problema do ensino é demasiado complexo para ser abordado numa página só. Trata-se de um problema multifactorial e para o qual concorrem muitas áreas do saber. Neste texto, abordo somente um aspecto do ensino e de uma política educativa em especial. E a intenção da minha abordagem é contrariar o discurso mais comum e suscitar a discussão racional de ideias, já que é daí que se constrói todo o saber e cultura. Com efeito, não serei inovador na minha argumentação, razão pela qual apresento no final uma pequena bibliografia a explorar.
O argumento comum da aprendizagem centrada no aluno pode, então, ser formalizado da seguinte maneira:
A criança só aprende aquilo que é do seu desejo aprender.
É a criança que deve decidir sobre o que deseja aprender.
Logo, toda a aprendizagem deve ser centrada na criança e no seu desejo.
Convém referir que este argumento corresponde a directrizes curriculares, constando em muitos dos programas de ensino. Por essa razão, talvez, observamos que programas curriculares têm sido consecutivamente esvaziados de conteúdos. Estou a lembrar-me em concreto do programa de Filosofia do ensino secundário no qual não é mencionado qualquer conteúdo, centrando todo o seu desenvolvimento em temas / problemas e canalizado essencialmente para o desenvolvimento de competências. Mais adiante vou tentar explicar que o ensino centrado no aluno também é resultado do ensino centrado em competências e que a divisão entre competências e conteúdos, como se uma pudesse existir sem os outros, é artificiosa.
Numa tentativa de refutar o argumento exposto acima, começo por defender que a primeira premissa é discutível e pouco plausível e a segunda premissa parece-me completamente falsa. A primeira premissa parece-me muito discutível por uma razão especial, é que a criança, ou o jovem estudante, não possui ainda maturidade suficiente para aprender conteúdos mais sofisticados. Claro que não podemos apresentar ao estudante ainda muito jovem a sofisticação completa de uma ciência como a física, mas o nosso objectivo será que um dia ele possa lá chegar. Resulta daí que comecemos pela base e que sejamos nós, professores e o sistema de ensino em geral quem alimenta o desejo ao estudante apresentando-lhe conteúdos cada vez mais complexos.
A segunda premissa parece-me falsa por uma razão especial, é que a criança, ou o jovem estudante não possui ainda maturidade nem conhecimentos suficientes para ser o centro decisor do que vai aprender. Uma criança não pode desejar o que pura e simplesmente desconhece.
São estas as razões principais que me fazem pensar que a tese da aprendizagem centrada no aluno, tomada à letra, e fortemente inspirada nas teses do romantismo e construtivismo educativo não funcionam e, por isso, é necessária uma mudança.
Como mudar?
Mudamos de perspectiva de ensino se centrarmos a aprendizagem dos nossos estudantes nos conteúdos. Qualquer ser humano deve ter acesso ao conhecimento desenvolvendo capacidades individuais básicas para melhor poder viver no mundo moderno. E deve ter este acesso independentemente da modalidade de ensino que frequenta e das decisões que quer tomar para a sua vida futura. As ferramentas para compreender o mundo não são umas para uns estudantes socialmente favorecidos e outras para estudantes socialmente desfavorecidos. Por outro lado, a separação entre competências e conteúdos é artificiosa, pois é o estudo paciente, aturado e rigoroso dos conteúdos básicos e centrais de cada disciplina que desenvolve competências nos seres humanos e é errado pensar que se pode desenvolver competências sem os conteúdos de cada disciplina nuclear.
Espero, desde modo breve, ter dado algum contributo para uma discussão activa, aberta e aturada sobre o que queremos do ensino nas próximas gerações.

Rolando Almeida
Professor do grupo 410, Filosofia e Assistente Editorial da Revista de Filosofia, Crítica www.criticanarede.com

Referências bibliográficas
Crato, Nuno (2006) O Eduquês em Discurso Directo: Uma Crítica da Pedagogia Romântica e Construtivista. Lisboa: Gradiva.

Murcho, Desidério, Para que serve o ensino, Crítica,
http://criticanarede.com/html/ens_valor.html

Grilo, Eduardo Marçal, Se não estudas estás tramado, Lisboa: Tinta da China

Almeida, Rolando, Por que não conhecemos a dimensão do universo, De Rerum Natura,
http://dererummundi.blogspot.com/2008/02/por-que-no-conhecemos-dimenso-do.html

Vieira, Maria do Carmo, O ensino do Português, Lisboa, Relógio D`Água, Fundação Francisco Manuel dos Santos

terça-feira, 2 de novembro de 2010

REFLEXÕES DOS ALUNOS SOBRE A BENÇÃO DAS CAPAS

O dia da benção das capas é uma homenagem aos doze anos de esforço e trabalho. Este é um dia que marca o final de um percurso e o inicio de outro. Ficará na nossa memória para o resto da vida.

Neste dia somos o centro das atenções e isso, sem dúvida alguma, faz-nos sentir importantes e orgulhosos de nós próprios. Representa não só os estudos mas também o nosso crescimento e as grandes amizades que travámos. É certamente indispensável.

Adelaide Clode Valente, 12º 12


Foi no liceu Jaime Moniz

Que a bênção das capas

Em 2010, eu fiz.

Um dia memorável

Para sempre recordar.

Uma turma incomparável

Mas também difícil de aturar.

O percurso a pé,

As fotos obrigatórias,

A cerimónia na Sé;

Fazem parte da trajectória.

E por fim vem a festa,

O baile do Liceu.

Pois é mesmo nesta,

Que o mundo é todo meu!

Que significa para mim este dia?

Muitos perguntarão.

Pois bem, uma enorme alegria

E uma grande recordação.

Filipa Câmara 12º12


A Benção das Capas, mais do que uma formalidade por parte da Escola, é uma honra para os alunos, o dia em que somos apresentados como Finalistas deste grande estabelecimento de ensino.

E é com orgulho que fui eleita este ano lectivo para Presidente da Comissão de Finalistas, e tenho o prazer de poder organizar tal Cerimónia. Espero, assim, estar à altura desta tradição e conseguir tornar este um dia memorável para todos os Finalistas.

Carlota Cunha 12º12


Este dia é um marco nas nossas vidas, parece que deixamos de ser adolescentes e ao vestir o smoking tornamo-nos adultos.

Por um dia somos actores, que na passadeira vermelha representamos o papel que um dia mais tarde seremos… engenheiros civis, engenheiros mecânicos, médicos, pilotos de avião…

Na Bênção das Capas, espero divertir-me imenso com os meus amigos, pois esta festa durará quase um dia e com vários momentos altos: o cortejo, a missa, o jantar, o baile e … muitas … muitas fotografias para mais tarde recordar!...

João Pedro Lopes 12º ano - 12


No dia da Benção das Capas espero mesmo que esteja bom tempo, caso contrário irá ser um mau dia e não é isso que os finalistas esperam. O desfile e a missa para mim não têm muita importância, costumam ser a parte mais tradicional do dia e arrisco-me a dizer que é a mais cansativa. A parte mais esperada, pelo menos por mim, é o baile, onde todos os finalistas não só se juntam para se divertirem mas também para se abstraírem um pouco do longo ano de estudos que irão ter pela frente.

Bruno Andrade 12º12

O dia das capas será um dia diferente na escola.

A Escola Secundária Jaime Moniz encher-se-á de negro, com muitos flashes, muita alegria e gente muito bonita! Enfim, viver-se-á um verdadeiro ambiente de festa: na escola, na rua e na igreja!

Este dia representa o culminar de uma etapa e a preparação para uma nova fase nas nossas vidas. Para muitos, talvez a maioria, significará a partida para longe dos amigos e familiares. Para outros, o início de uma carreira profissional. Quer uns quer outros terão de mudar!

Luís Guilherme Franco 12º12

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Número de alunos aumenta cerca de 20% na Jaime Moniz


A Escola Secundária Jaime Moniz tem este ano 2498 matrículas nos diversos regimes disponibilizados: diurno, CEFs, EFAs e recorrente. São mais 402 matrículas em comparação ao ano anterior, altura em que a escola já contava com a mesma oferta formativa.

Estes números espelham o reconhecimento do enorme esforço que a escola tem desenvolvido a diversos níveis. Hoje, para além de um quadro docente estável, que permite a construção de um projecto a médio/longo prazo, temos também uma oferta formativa diversificada e de qualidade indiscutível.

É notável o aumento registado em número de alunos, ainda mais se atendermos que a Jaime Moniz desenvolve a sua actividade na proximidade geográfica de outras duas Escolas. Esta preferência demonstra que soubemos apostar em diversos pontos fortes que identificamos, e somos, por exemplo, a escola que mais alunos tem feito ingressar na área da saúde nos últimos anos.

Em traços gerais temos 108 turmas pelas quais se distribuem 2110 alunos nos cursos científicos e tecnológicos, 128 alunos em CEFs e 98 alunos em EFAs. O Curso de Ciências e Tecnologias continua a ser o mais procurado, contando 43 turmas com 1073 alunos, 36 destas turmas na área da saúde. O Curso de Línguas e Humanidades apresenta 17 turmas e os 6 Cursos Tecnológicos oferecidos têm em média 2 turmas em cada Ano. Nos CEFs abrimos 10 turmas enquanto nos EFAs temos 4 turmas.