Ligámos esta imagem a Ricardo Reis. A lua surge associada
à crença de Reis nos deuses pagãos. Assim como esta mulher pensante, Reis
também racionalizava as suas emoções sem ceder aos impulsos, num processo de
autodiscipliona estóica, aproveitando a vida (epicurismo /carpe diem), sem
exageros (ataraxia).
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
RELAÇÃO ENTRE A POESIA DOS HETERÓNIMOS PESSOA E A ARTE VISUAL
Fotos da Exposição
sobre o Tempo (átrio da escola), da autoria do Banco do Tempo
Esta foi a imagem escolhida para
caracterizar o heterónimo de Fernando Pessoa, Ricardo Reis. Na poesia deste
heterónimo, o rio é a metáfora da efemeridade da vida e da brevidade do tempo,
que corre sem parar (“Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa”). Reis,
defende ainda que a vida deve ser vivida em ataraxia, de forma tranquila
(“Sossegadamente, fitemos o seu curso e aprendamos”). Nesta imagem, podemos
observar, inequivocamente, as pessoas a observar o rio a passar, em plena
tranquilidade, tal como Ricardo Reis e Lídia, no poema “Vem sentar-te comigo,
Lídia, à beira do Rio”.
Escolhemos
esta imagem para caracterizar Alberto Caeiro, o poeta pastor. Este heterónimo
vive com naturalidade, simplicidade e ingenuidade (“Minha alma é como um
pastor,”). Caeiro é defensor do antiabstracionismo (“Procuro encostar as
palavras à ideia/ E não precisar dum corredor/ Do pensamento para as palavras”),
da antifilosofia (“Eu não tenho filosofia, tenho sentidos”) e antimetafísica,
isto é, nega o que não vê, é um poeta das coisas palpáveis e concretas. Ao
observarmos a relva, na imagem, é inevitável não a associarmos a este mestre de
Fernando Pessoa, pela forma como nos apelam aos seus versos irregulares (observável
no poema “O Guardador de Rebanhos”), que são escritos com naturalidade. As
mesas e a parede representam objetos concretos e palpáveis, sendo que os mesmos
nos remetem para o caráter antimetafísico e agnóstico do poeta.
Escolhemos esta imagem para
retratar Álvaro de Campos, visto representa indubitavelmente o ambiente
citadino e industrial, que tanto influencia o estado de espírito do poeta. As
luzes das lâmpadas elétricas e as luzes néon dos semáforos, dos carros e dos
painéis publicitários representam a azáfama, a dinâmica, a velocidade, a
modernidade e a energia (mecânica e elétrica) da cidade, local de eleição para
Álvaro de Campos que tanto admira e deseja carnivoramente (“Rasgar-me todo,
abrir-me completamente, tornar-me passento / A todos os perfumes de óleos e
calores e carvões / Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!”). A
mistura de cores eletrizantes, a multiplicidade de estradas, caminhos e a
existência de inúmeros objetos tecnológicos remetem-nos para o facto de este
heterónimo viver em delírio, em êxtase, enfim, num sensorialismo exacerbado, (“Tenho
os lábios secos, ó grandes ruídos modernos”), tentando intensamente captar a
multiplicidade do mundo moderno (“Amo-nos a todos, a todos, como uma fera”).
Marco Correia nº 19 e Maria Clara
Alves nº20, 12º3
Heterónimos de Fernando Pessoa - Álvaro de Campos
Esta imagem representa um relógio e foi escolhida para simbolizar a fase futurista de Álvaro de Campos pois este heterónimo exalta a modernidade e, em tempos, este objeto era considerado uma nova tecnologia. O engenheiro naval sofre de uma profunda influência do ambiente citadino e industrial, tendo as máquinas como suas “musas inspiradoras”, pelo que podemos dizer que o relógio era um dos seus objetos de inspiração.
Ana
Ramos, Carolina Freitas, João Nuno
12º03
12º03
Heterónimos de Fernando Pessoa - Ricardo Reis
A principal razão por termos escolhido esta imagem foi o facto de Ricardo Reis fazer referência ao rio como metáfora da efemeridade da vida e da brevidade do tempo. Como não nos podemos opôr ao destino, devemos aceitá-lo com naturalidade, tal como a água que segue no curso do rio. O relógio, por outro lado, representa a consciência deste heterónimo, pois ele sabe que a vida tem um fim e que, por isso, deve aproveitá-la de forma moderada e em ataraxia (sem exageros nem emoções fortes), para não sentir dor nem arrependimentos aquando da hora da sua morte.
Ana
Ramos, Carolina Freitas, João Nuno
12º03
12º03
Heterónimos de Fernando Pessoa - Alberto Caeiro
Esta imagem do céu, num final de tarde transmite-nos uma certa naturalidade, simplicidade e ingenuidade, caraterísticas representativas do modo de vida de Alberto Caeiro. Este heterónimo faz-se rodear pela Natureza, pois é nesta que encontra caraterísticas do divino. É com ela que aprende a atingir o verdadeiro conhecimento e a felicidade plena, sendo esta imagem, por isso, perfeita para representar o Mestre.
Ana
Ramos, Carolina Freitas, João Nuno
12º03
12º03
Heterónimos de Fernando Pessoa - Alberto Caeiro
A partir da análise do poema de Alberto Caeiro "O Guardador de Rebanhos I", observamos que este heterónimo vive uma vida bucólica, rodeada pela Natureza, captando a realidade exclusivamente pelos cinco sentidos (sensorialismo). Este poeta desfruta o presente a cada momento (Epicurismo) e vagueia pela Natureza sem rumo (Deambulismo). É um poeta que rejeita o pensamento. Caeiro, através do Panteísmo, encontra na Natureza características do Divino, e foi assim que escolhemos esta imagem, pois a gaivota representa o Divino do céu e o mar o Divino da terra.
Ana
Nunes e Justine, 12º3
Heterónimos de Fernando Pessoa -Álvaro de Campos
Após a análise da fase futurista de Álvaro de Campos, nomeadamente do poema “Ode triunfal”, verificamos que que este heterónimo é um poeta dos exageros, influenciado pelo ambiente citadino e industrial, que tenta captar a multiplicidade do mundo, facto que lhe provoca um delírio sensorial. Como Álvaro de Campos pretende experimentar tudo e exalta a modernidade, escolhemos esta imagem para representar este heterónimo, pois verificamos a mistura de cores que podem significar as sensações em fúria e a velocidade com que o poeta quer experimentar tudo de uma só vez.
Ana
Nunes e Justine, 12º3
Heterónimos de Fernando Pessoa - Ricardo Reis
A partir da análise do poema de Ricardo Reis “vem sentar-te comigo, Lídia, a beira do rio” verificamos que este pretende atingir a felicidade relativa sem dor nem arrependimento e por isso defende que a vida deve ser vivida em ataraxia, de forma tranquila, valorizando o presente (carpe diem). Neste poema surge o conceito de “rio” como metáfora da vida humana e da brevidade do tempo. É nesse ambiente que convida Lídia para o acompanhar na observação da passagem do rio. Assim, escolhemos esta imagem para representar este heterónimo por se verificar a presença de um rio e um conjunto de pessoas a observá-lo.
Ana
Nunes e Justine, 12º3
BÊNÇÃO DAS CAPAS - 30 novembro 2013
No dia 30 de novembro do corrente, como é tradição, desfilaram pelas ruas do Funchal, rumo à Igreja da Sé, os finalistas do Liceu, guiados por Bruno Melim, presidente da Comissão de finalistas, e da madrinha, a Sr.ª Vice-Presidente da Câmara Municipal do Funchal, Dr.ª Filipa Jardim Fernandes.
Após a celebração da Bênção das Capas, na Igreja da Sé, os jovens puderam celebrar esta etapa da sua vida no tradicional jantar e no baile na Fortaleza do Pico.
Fotos: Brevemente
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
BÊNÇÃO DAS CAPAS - 30 novembro 2012
No dia 30 de Novembro de 2012, os finalistas do ensino secundário vestiram-se a rigor para a tradicional cerimónia da Bênção das Capas.
Pelas 13h30m, houve concentração dos alunos à entrada da Escola, a fim de pousarem diante dos fotógrafos. Pelas 15h partiram rumo à Igreja da Sé, onde ocorreu a celebração religiosa, presidida pelo Reverendíssimo Bispo do Funchal.
O orgulho e a alegria de alunos, familiares e professores estavam espelhados em todos os rostos.
O baile dos finalistas do Liceu ocorreu no Instituto do Vinho da Madeira.
Pode consultar aqui a publicação online sobre a Bênção das Capas 2012.
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