sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

MANIFESTO EM PROL DOS AFECTOS


É legítimo sentir-se optimista, sentir alegria, sentir-se bem.
É legítimo sentir amor, sentir desejo de estar em contacto emocional e físico.
É legítimo competir, querer vencer, ser o melhor, o primeiro.
É legítimo perder, fracassar, desesperar.
É legítimo ser curioso, querer descobrir, fazer justiça.
É legítimo sentir confiança, sentir carinho, sentir esperança.
É legítimo achar graça, sorrir e rir.
É legítimo sentir vontade de chorar. É legítimo chorar.
É legítimo ser diferente: interna, externa e interna e exteriormente.
É legítimo sentir-se bem, sentir ternura por si, pelos outros pela vida.
É legítimo sentir ressentimento, ira, raiva.
É legítimo sentir gratidão, sentir simpatia, sentir empatia.
É legítimo sentir coragem, sentir-se forte, poderoso.
É legítimo sentir desânimo, solidão, mágoa.
É legítimo ter amigos, abraçá-los, discordar, partilhar.
É legítimo não ter soluções, não ter questões, não ter depressões.
É legítimo sentir admiração, sentir orgulho, sabedoria.
É legítimo sentir-se frágil, vulnerável, “um vidrinho”.
É legítimo pedir ajuda. É legítimo ser ajudado.
É legítimo ser tolerante, ser bondoso, perdoar.
É legítimo sentir-se feliz. É legítimo sentir-se infeliz.
É legítimo estudar, saber, sonhar.
É legítimo sentir paixão, compaixão, desilusão.
É legítimo sentir-se a explodir de contentamento.
É legítimo querer estar só. É legítimo precisar de estar só para conseguir reflectir, organizar ideias, etc.
É legítimo sentir algo que não se consegue definir, porque nunca se sentiu antes.
É legítimo atingir metas e criar outras. É legítimo descansar antes, durante e depois.(...)
É legítimo o sentimento qualquer que ele seja.
Não é legítima qualquer acção (inclui as verbais) que vise prejudicar.

Maria de Fátima Saldanha Vieira(psicóloga)

Sem comentários: