sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Os Sindicatos dos Professores


Viva!

Em relação à carta aberta ao Primeiro-Ministro, feita pelas organizações sindicais dos professores, a 16 de Outubro de 2007, deixo aqui o meu reparo, em relação ao primeiro parágrafo, onde se fala da independência dos sindicatos dos professores.Não conheço nenhum sindicato de professores que seja 100% independente, repito: Não conheço nenhum sindicato de professores que seja 100% independente!O que é um sindicato independente?É o sindicato que depende unicamente dos sócios e trabalha unicamente para os sócios. No caso dos sindicatos dos professores, quem paga o salário aos dirigentes desses sindicatos? A resposta, para quem não sabe, é que quem paga o salário dos dirigentes sindicais, que estão destacados nos sindicatos, é o GO-VERNO! Logo, os sindicatos são DEPENDENTES financeiramente DO GOVERNO. Os salários deveriam ser pagos através das quotas pagas pelos sócios, o que significa que, possivelmente, haveria menos sindicatos e menos professores destacados nos sindicatos e, possivelmente, os sindicatos fariam mais alguma coisa pelos sócios... Como eram os sócios a pagar, os dirigentes pensavam mais nos sócios (na sua fonte de rendimento) e defendiam os interesses dos sócios e não outros interesses. Não sei porquê, mas tenho a ideia de que alguns dirigentes sindicais são dirigentes, possivelmente, porque não querem ser professores! Mas eles fizeram formação via ensino ou via sindical?Alguns sindicatos falam mais quando o governo é de um partido e outros sindicatos falam mais quando o governo é de outro partido. Porque será?Acho que os dirigentes sindicais não deveriam estar à frente do sindicato mais de 3 mandatos, obrigando os professores, dirigentes sindicais, a voltarem à escola. Muitos deixam o sindicalismo, não porque se reformaram como sindicalistas, mas porque se reformaram como professores (parece piada...). Para quem não me conhece, informo que também já fui dirigente sindical mas nunca deixei de ser professor! Acho que se realmente alguém quer fazer alguma coisa pelos professores, pense primeiro nos professores! Acho que a situação atrás referida é um exemplo a seguir de modo a criar credibilidade dos sindicatos junto dos sócios e do governo! Os sindicatos estão como estão, porque não são entidades completamente independentes e autónomas!
Mas estamos no país dos adormecidos?


António Freitas - Grupo 520

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