sexta-feira, 4 de abril de 2008

Graça Freitas


A nossa Graça. A amiga, a colega, a companheira do nosso grupo. O grupo ao qual me sinto ainda pertencer compartilhando, embora longe fisicamente, as alegrias e tristezas. Mal conseguia acreditar no que ouvia quando me contaram da sua partida inesperada para o Porto mas tive esperança na recuperação e de voltar a vê-la bem disposta numa das minhas visitas. De ouvi-la dizer, quando entrasse na sala dos professores "Ach, die Loreto!". Depois os braços caíram sem força para segurar a mágoa e o olhar, molhado, vagueou na estrada da saudade. Tantas recordações, quantos momentos de boa disposição a preparar esta ou aquela actividade, quantos momentos de stress para organizar exposições, fazer testes, preparar aulas, assistir a reuniões, quanta satisfação pelos sucessos ou apreensão pelos resultados menos bons, quantos risos nos nossos almoços, lanches ou simplesmente no intervalo do café mesmo a correr entre uma aula e outra. Foram anos de partilha e amizade que passaram muito depressa. E agora só a consolação de ter valido a pena conhecer esta amiga.É muito duro perder um amigo e a vida é realmente muito curta.

"Há em todas as canções do vento, um grito,

um lamento de anjos que partiram para sempre,

deixando amargas liras e a saudade de te ver

ainda, num século de doces tardes.


"José Agostinho Baptista

Maria do Loreto Ferreira Neto - Grupos 330 e 340

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